Rede Globo - Reprodução de internet
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Por O Dia
Rio - Em meio à crise do novo coronavírus, a Rede Globo desponta como o veículo da imprensa mais confiável para acompanhar a pandemia, segundo uma pesquisa do instituto QualiBest. Os números mostram que 19% da população cita o canal como um dos mais confiáveis para se informar sobre a covid-19 neste momento. Além dele, há ainda 5% de citações para a GloboNews, disponível apenas no serviço por assinatura, e 8% para o portal G1.

Entre os canais de televisão, a Record vem logo atrás da Globo, apontada por 10% dos brasileiros, seguida pela Band e pelo SBT, com 3% cada. Grande surpresa da pesquisa, a CNN - canal americano que chegou ao Brasil há um mês - foi indicada por 7% da população. "Os números mostram, sobretudo, que a televisão ainda é o principal meio de comunicação em massa do país - e também é o que tem mais confiança das pessoas. Não à toa, os canais estão reestruturando suas grades e horários para dar conta dessa demanda por informações sobre a pandemia", diz a diretora geral do QualiBest, Daniela Malouf.

A pesquisa ainda revela outro fator surpreendente: 14% da população cita ao menos um órgão oficial entre os meios confiáveis de informações sobre a covid-19. Entre eles, os mais lembrados foram sites e redes sociais do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). "Esse dado é interessante porque reforça um discurso que tem sido constante na televisão: o de que as pessoas precisam se informar com base em informações oficiais. É uma tentativa de diminuir a circulação de fake news que parece estar dando resultado", aponta Daniela Malouf.

Outro número surpreendente é a quantidade de pessoas que passaram a se informar pelo canal do biólogo Átila Iamarino, da USP. Segundo a pesquisa, 2% da população passou se assistir os vídeos que o especialista tem publicado no Youtube desde o início da crise. Veículos como El País, Nexo, Valor Econômico e jornais internacionais como New York Times (EUA) e The Guardian (Inglaterra) também foram citados, mas não chegaram a 1%.