Sala de maquiagem da CNN Brasil seria foco de surto de covid-19 na emissora
Jornalistas e radialistas pedem uma série de providências
São Paulo - A sede da CNN Brasil, em São Paulo, passa por um surto de covid-19. A informação é do colunista Maurício Stycer, do "Uol". Os jornalistas e radialistas da emissora se mobilizaram pedindo uma série de providências. Mas, segundo o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo disse ao colunista, a emissora "tem ignorado a maior parte delas". A CNN afirma que a situação está controlada.
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Ainda de acordo com Stycer, em duas semanas, houve mais de 30 casos de profissionais infectados. Monalisa Perrone, Gabriela Prioli e Leandro Karnal são alguns dos nomes que receberam diagnóstico positivo para o novo coronavírus.
Em assembleia virtual, os jornalistas pediram à direção da emissora a testagem de todos os trabalhadores. O afastamento de todos que tiveram contato com pessoas infectadas também foi solicitado. De acordo com a denúncia, a sala de maquiagem utilizada por uma âncora infectada se tornou "vetor de contaminação, fazendo com que a covid-19 tenha atingido ao menos dez apresentadores e analistas, além de maquiadores, camareiras e a chefe do figurino. Daí o vírus espalhou-se para a redação, atingindo editores".
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A CNN Brasil emitiu um comunicado em que afirma estar tomando medidas para enfrentar a pandemia e proteger seus funcionários.
"Na semana retrasada, a CNN Brasil registrou um pico isolado de casos de Covid-19 entre seus funcionários e colaboradores em sua sede em São Paulo, conforme noticiado e confirmado pela empresa. Apesar de ser impossível uma conclusão definitiva, os médicos do trabalho que assessoram a CNN acreditam que o pico ocorreu em um dos camarins da emissora, apesar de todas as medidas de precaução adotadas. A área foi isolada e submetida a desinfecção e todos os funcionários do setor, afastados por segurança.
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A CNN Brasil adota, desde o primeiro dia de sua operação, um sólido conjunto de medidas de proteção, seguindo protocolos dos governos municipal, estadual e federal, além de contar com o respaldo de uma equipe de médicos especialistas.
Entre as medidas destacamos o afastamento de todos que fazem parte de grupos de risco para a Covid-19. Por exemplo, o jornalista William Waack, um dos principais nomes da emissora, por ter mais de 60 anos, trabalha de casa desde a primeira semana de operação da CNN. A medida foi tomada por iniciativa da emissora, tanto no caso dele, quanto nos demais afastados.
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Realizamos também o afastamento preventivo de todos os que apresentem sintomas compatíveis com a Covid-19 ou que tenham contato próximo com pessoas infectadas, seja na empresa, seja na própria família. Todos realizam testes custeados pela empresa. Essa tem sido a política desde o início das operações.
Também realizamos a limpeza e desinfecção de todos os ambientes da empresa com o Peroxid 4D, produto indicado para desinfecção hospitalar, que tem sua eficácia comprovada contra o COVID-19. O produto passou por testes alinhados aos protocolos da Organização Mundial da Saúde. Seguimos as orientações de aplicação do manual de higiene e limpeza para serviços de saúde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
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Garantimos também o fornecimento de máscaras descartáveis, distribuição de álcool em gel nas mesas, distanciamento das estações de trabalho, medição de temperatura e saturação de oxigênio diária de toda a equipe, disponibilização de enfermeiros no ambiente de trabalho e acompanhamento médico personalizado para todos os casos suspeitos ou comprovados de Covid-19.
Além disto, foram feitas várias campanhas com orientações sobre os cuidados a serem tomados por todos, como a utilização de máscaras durante o expediente. Estas orientações, além de serem enviadas por comunicado eletrônico, foram afixadas em diversos pontos da empresa.
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A CNN Brasil sempre foi diligente em tomar todas as medidas possíveis para garantir a segurança de seus funcionários. Por isso mesmo, passamos várias semanas sem nenhum caso da doença. Enfrentar a COVID-19, uma das pandemias mais contagiosas que se tem notícia, é um desafio de todo o planeta, que já contabiliza mais de 40 milhões de casos confirmados.
Quando houve o registro dos casos na semana retrasada, as medidas de higienização e testagem foram intensificadas. A aplicação do Peroxid 4D passou a ser feita a cada duas horas em toda a empresa. Foram submetidos a exame todos os que tiveram contatos com algum dos positivos. Foram mais de 130 exames realizados, a maioria absoluta com resultados negativos. Isso mostra que houve um pico de contaminação, mas que as medidas adotadas surtiram efeitos. A situação está controlada.
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A CNN Brasil trata o assunto com transparência. Ninguém tem o poder de interromper a pandemia. O que temos a obrigação de fazer, e fazemos, é trabalhar para reduzir ao máximo as possibilidades de transmissão".