Tom Veiga com amigos, entre eles André Marques, Dany Bananinha e Leandro Hassum - Reprodução Internet
Tom Veiga com amigos, entre eles André Marques, Dany Bananinha e Leandro HassumReprodução Internet
Por O Dia
Rio - Assim como o "Mais Você", o "Encontro com Fátima Bernardes" desta terça-feira também homenageou Tom Veiga, intérprete do Louro José, que morreu no domingo, vítima de um AVC. Fernanda Gentil comandou a atração, já que Fátima Bernardes está de férias, e conversou com Leandro Hassum e com o padre Fábio de Melo.
"Ele era a alegria da festa. O Tom era tão divertido ou mais até do que o Louro José. Era um cara engraçado, brincalhão, um cara sacana. Desculpa aí, padre Fábio, falar essa palavra", brincou Hassum. "Ele (Tom Veiga) gostava de brincar, contava histórias como ninguém, histórias dele com a Ana, dessa amizade de mãe e filho. E eu como artista, como ator, uma coisa que eu posso dizer é que o Tom teve o dom de fazer uma coisa que poucas pessoas tem. Ele conseguiu, assim como o Paulo Gustavo, que é uma referência do humor e faz a Dona Hermínia, em momento nenhum a gente questiona o Louro José e que tinha uma mão manipulando aquele boneco. Aquele boneco era muito verdadeiro para a gente. E o Tom é uma amizade muito verdadeira sempre", completou o humorista Leandro Hassum.
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Fernanda, então, pediu para o padre Fábio falar algumas palavras sobre a morte de Tom. "Toda dor é difícil de ser enfrentada, toda ausência faz falta. Eu não era amigo do Tom, eu o conheci nos bastidores do 'Mais Você', ele foi extremamente gentil e a morte dele me impactou muito. É interessante isso. Eu comecei a pensar sobre o que cada morte provoca em nós. Quando morre um poeta, quando morre um compositor, de alguma forma morre aquele que consegue colocar nos nossos lábios aquilo que nós não conseguimos dizer. Toda vez que morre uma pessoa que nós admiramos, muitas pessoas morrem naquela pessoa. Essa foi a primeira vez que eu pensei no significado da morte de um comediante. Que ausência essa pessoa provoca. Sobretudo num tempo em que nós temos tanta necessidade de alguém que nos faça rir, que nos entretenha, com aquela ingenuidade e ao mesmo tempo com aquela perspicácia que o Tom sabia colocar no Louro José. Então, a primeira coisa que me ocorreu foi isso. Ainda que a gente saiba que exista a morte do homem, que nós lamentamos muito, o que nos chegava era aquela roupagem que ele resolveu fazer de si mesmo. Então, o Louro José entrava dentro das nossas casas com um poder enorme de abrir a nossa imaginação. Acredito que a ausência dele foi tão sentida porque nós precisamos demais das pessoas que nos fazem esquecer do cotidiano e não tínhamos percebido isso", disse o padre Fábio.