Carol Duarte - Globo/Victor Pollak
Carol DuarteGlobo/Victor Pollak
Por Juliana Pimenta
Rio - Com reprise no horário nobre da Globo, ‘A Força do Querer’ é, indiscutivelmente, uma trama com debates fortes e relevantes. Além de abordar questões como tráfico de drogas, empoderamento feminino, vício em jogos e machismo, o ponto alto da novela foi apresentar ao grande público as nuances da transexualidade. No papel de Ivana/Ivan, Carol Duarte conta que, assim como o telespectador, passou por mudanças após o trabalho.


“Foi nessa novela que eu aprendi muito. Eu tive sorte de ter companheiros e companheiras de cena tão talentosos, eles todos me ensinaram muito! Além de uma equipe muito competente e generosa. Eu sempre lembro dos operadores de câmera do estúdio que me ensinaram bastante. De todos os diretores, pela dedicação, companheirismo, respeito, por confiar no meu trabalho, que ganhou projeção nacional com essa personagem”, destaca Carol.

A projeção nacional e, inclusive internacional, foi um dos diferenciais da repercussão do trabalho em ‘A Força do Querer’. Até então, a atriz não tinha dimensão do alcance de um sucesso televisivo. “Eu, que só tinha feito teatro, fiquei impressionada com o quanto a novela atinge todos os lugares do nosso país, e no mundo! Depois da novela, fiz ‘A Vida Invisível’ e fui para vários festivais e todos os países latino-americanos tinham visto a novela, eu fiquei muito impactada!”, conta Carol fazendo referência ao filme de 2019, em que ela vive Eurídice, personagem dividido com Fernanda Montenegro.

Transição televisionada

Apesar dos diversos embates com Joyce (Maria Fernanda Cândido) e da clássica cena onde Ivana corta os longos cabelos loiros, Carol escolhe seu momento mais marcante da trama. “Óbvio que rever a cena da Ivana cortando o cabelo vai me emocionar muito. É uma cena muito importante. Mas eu acho que a cena mais importante para mim é quando o Ivan descobre que é trans. Tem o momento em que ele conta para a família, mas o momento em que ele entende, a cena, é muito especial”, lembra Carol, que destaca o apoio dos telespectadores à história.

“Sem dúvida o carinho do público foi uma das experiências mais fortes que eu já vivi. O público torcendo pela personagem foi muito bonito e jamais vou esquecer”.

Parceria proveitosa

Além do apoio de quem acompanhou a novela, Carol faz questão de falar das amizades que ganhou na trama de 2017, escrita por Gloria Perez. “Eu contracenei muito com a Claudia Mello, Silvero Pereira, Juliana Paiva, Maria Fernanda Cândido, Dan Stulbach, Fiuk, Gabriel Stauffer e sinto muita saudade, tivemos cenas muito intensas e desafiadoras. Tecnicamente eu não sabia nada do funcionamento de um set de filmagem e todos foram muito generosos, pacientes e companheiros”, celebra.