Carina Pereira - Reprodução
Carina PereiraReprodução
Por O Dia
Rio - Carina Pereira, que foi apresentadora do "Globo Esporte Minas" entre 2017 e 2019, usou as redes sociais na noite desta terça-feira para fazer um desabafo. Após sete anos na Globo, a apresentadora foi demitida no dia 5 de janeiro de 2021. Quando a demissão aconteceu, Carina já tinha saído do "Globo Esporte" e estava na apresentação do "Bom Dia, Minas". Em vídeo, a apresentadora disse ter sofrido assédio moral por parte de superiores. 
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"Aconteceram algumas coisas que já estavam somando. Enfrentei uma redação de esporte e não sabia que seria tão desafiador assim. Enfrentei muito preconceito por ser mulher e por não ser desse meio.  No começo eram piadinhas dos colegas, algum tratamento diferenciado porque eu não era dali, mas depois foi o meu chefe. Ele dizia: 'Ah, a Carina consegue essa exclusiva porque é mulher, tem o que você não tem, oferece o que você não oferece...' Quando era colega, eu retrucava, mas quando era o chefe, não, porque era alguém que eu admirava. E as coisas foram piorando", inciou. 
Carina afirmou que chegou a fazer uma denúncia no RH. "O que ele fazia comigo, ele fazia com outros colegas. A gente resolveu denunciar. Primeiro, a gente foi no RH. Não resolveu muito. Depois a gente fez uma denúncia na ouvidoria da empresa. Fui mudada de horário, de função. Para mim, as coisas pioraram. Eu era a única mulher dessa galera que denunciou e sinto que fui a única prejudicada. Aquilo me entristecia. Aquilo ficava na minha cabeça. Por que para mim as coisas eram mais difíceis?".
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Globo se posiciona
Em nota, a Globo afirmou que "não tolera comportamentos abusivos" e que toda denúncia de assédio é criteriosamente apurada". 
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"A Globo não tolera comportamentos abusivos em suas equipes e todo relato de assédio é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento. A empresa não comenta questões relacionadas a Compliance, pois, de acordo com o Código de Ética do Grupo Globo, assume o compromisso de investigar toda e qualquer denúncia de violação de regras, assim como o de manter sigilo dos processos, não fazer comentários sobre as apurações e tomar as medidas cabíveis, que podem ir de uma advertência até o desligamento do colaborador", diz a nota. 
"Mesmo nas hipóteses de desligamento, as razões do Compliance não são tornadas públicas. A empresa é muito criteriosa para que os estilos de gestão estejam adequados aos comportamentos e posturas que a Globo quer incentivar e para que as medidas adotadas estejam de acordo com o que foi apurado", finaliza.
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