Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada, as protagonistas de ’Salve-se Quem Puder’
Juliana Paiva, Deborah Secco e Vitória Strada, as protagonistas de ’Salve-se Quem Puder’João Miguel Júnior/Globo
Por Juliana Pimenta
Rio - 'Salve-se Quem Puder' está de volta. Fora do ar há quase um ano, a novela reestreia nesta segunda-feira, na faixa das 19h, na Globo. Para relembrar o público sobre a trama, a emissora decidiu começar reprisando a primeira parte produção, que já tinha ido ao ar no ano passado, e aí sim emendar com os episódios inéditos, gravados na pandemia.


Por conta das medidas de segurança, a parte final da novela foi feita em uma tacada só. Apesar desse movimento ser comum em produções de séries e filmes, a dinâmica foi inédita para o folhetim, que por ser considerado uma obra aberta, pode ter o enredo alterado em função da recepção do público. Daniel Ortiz, autor de 'Salve-se Quem Puder' conta que teve que repensar detalhes da trama. "Fiquei imaginando que colocar o coronavírus na novela seria pesado, primeiro porque iria alterar toda a dinâmica da história, e segundo porque é uma novela das sete, exibida entre dois jornais. Essa é uma novela de comédia, de aventura, e sabíamos que seria difícil gravá-la com os protocolos. Mas tínhamos que tentar, porque o público merece esse respiro", explica.

Nova rotina

Uma das protagonistas da trama, Juliana Paiva conta que temeu a volta às gravações no novo estilo, mas que logo se adaptou à nova rotina. "Me lembro que no primeiro dia eu até brinquei com o Fred (Mayrink) e perguntei 'será que eu ainda sei fazer isso?', porque temos que aquecer o motor de novo. Se encontrar de uma forma diferente, sem o contato, sem dividir o camarim com as meninas, foi bem estranho. Ao mesmo tempo, na hora em que começamos a gravar, parece que o tempo não passou: é o mesmo cenário, são as mesmas pessoas, a relação já existe. E assim fluiu nosso processo até o fim, com todo mundo muito comprometido", contou a intérprete de de Luna.

Deborah Secco, que vive a Alexia na comédia, também compartilhava do mesmo sentimento da colega de cena. Para a atriz, o reencontro com os colegas de trabalho foi fundamental para que ela reencontrasse a alma de sua personagem. "Confesso que tinha um pouco de medo de não saber mais fazer a Alexia, porque era um personagem de bastante composição e eu ficava, durante a pandemia, me perguntando como fazer para mantê-la em mim. Mas é impressionante: foi só reencontrar as meninas, reencontrar o João (Baldasserini) e a Grace (Gianoukas), que a Alexia veio automaticamente. Voltar a trabalhar foi muito importante para mim. É uma novela que eu amava fazer, então poder continuar a história foi de uma alegria sem fim", comemora.

Alento e motivação

Já Vitória Strada, que vive a espevitada Kyra, reforça que além de se divertir em seu trabalho, entende que a volta da novela é também um alento para o público, que continua tendo que enfrentar os dilemas da pandemia. "Eu já estava com muita vontade de voltar a trabalhar, é uma profissão que me traz muito prazer. E naquele momento tão triste que a gente estava vivendo, e ainda está, voltar a gravar foi voltar a ter vida também, ter um propósito. Voltar a fazer o que a gente ama e entregar um trabalho tão alegre para um público que está necessitando disso era uma outra motivação", declara.