Tony Ramos em Mulheres Apaixonadas
Tony Ramos em Mulheres ApaixonadasDivulgação/Globo/João Miguel Junior
Por Juliana Pimenta
Rio - Para quem já está com saudades de Tony Ramos depois da maratona de 'Laços de Família' no 'Vale a Pena Ver de Novo', aqui vai uma boa notícia. Acaba de estrear, no Globoplay, a íntegra de 'Mulheres Apaixonadas', exibida originalmente em 2003, na Globo. Responsável pelo papel do saxofonista Téo, Tony fez par romântico com Christiane Torloni, a protagonista Helena da trama de Manoel Carlos.


Já vacinado contra a covid-19 e ainda cumprindo isolamento social, Tony comemora a oportunidade do público rever a novela. "As novelas contam um pouco da história brasileira e estabelece uma cumplicidade muito forte com o nosso público. O fato de termos novelas no streaming é fascinante e acho ótima essa nova opção de consumir esses conteúdos, onde as pessoas podem escolher um capítulo, uma cena, ou reverem a seu tempo a novela inteira", destaca o ator, que vê uma contemporaneidade nas questões trazidas para a ficção.

"'Mulheres Apaixonadas' é uma novela de discussões contemporâneas, envolvendo a maior parte dos personagens. As pessoas, sempre que reveem a novela, encontram algo para refletir", explica.

História marcante

Quase 18 anos após a estreia da trama, Tony também pondera sobre o sucesso da novela, que ficou marcada no imaginário do público brasileiro. "A história é muito forte, é uma novela muito boa, que gera identificação imediata por tratar de assuntos como família, ganância, ciúmes e relapso com a vida pessoal de algumas personagens. O próprio Téo é um homem rico, muito amoroso e simpático, mas ao mesmo tempo um tanto autocentrado. Ele tinha a contradição de um homem de caráter muito agradável, mas que, ao mesmo tempo, tendia a achar que ajudando financeiramente as pessoas que precisam de sua ajuda, já resolvia o problema. Isso muda em um momento de grande dor na vida dele que o faz refletir, que é quando ele é atingido por uma bala na rua", lembra.

Bastidores

E por falar na cena do tiroteio, esta é a lembrança mais forte para Tony sobre os bastidores da novela. "Essa cena que mencionei vou destacar sempre. É um dos momentos que mais me lembro e com muita emoção. A cena foi gravada em dois dias em plena rua, no Leblon, e no final das gravações, quando o povo começou a bater palmas, nos prédios, nas lojas, nos restaurantes, como se fosse um teatro grego a céu aberto, foi sem dúvidas um momento de grande emoção para mim", relembra o ator que faz questão de dizer do bom clima entre os colegas durante as gravações.

"Nossos bastidores eram os melhores possíveis, só tenho boas lembranças dessa época, dos colegas e desse grande autor brasileiro que é Manoel Carlos".