Fátima BernardesReprodução/Globo

São Paulo - Fátima Bernardes criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU repleto de desinformação sobre a pandemia da Covid-19 e a situação da Amazônia.
O presidente, que defendeu o tratamento precoce contra a Covid-19 e criticou o lockdown, teve o discurso criticado. Fátima Bernardes falou ao vivo do sentimento de vergonha, já que outros líderes de países da assembleia da ONU estavam presentes. Ela reforçou que vacinas são eficazes contra a doença.
"Vacina e consciência, não negacionismo. Muito difícil ouvir isso, dá vergonha ouvir isso diante de tantos líderes mundiais que estão lutando e, muitas vezes, não têm acesso à vacina porque são países pobres, você ouvir de um presidente que é contra uma prefeitura exigir uma comprovação de vacinação para a segurança de todos, não podemos garantir a segurança daquele que não quer se vacinar, a gente tem que garantir a segurança de todos", disse Fátima.
Fátima relembrou que o Brasil tem problemas na vacinação e citou a situação do Rio de Janeiro. No fim de semana, a cidade suspendeu a vacinação de adolescentes de 12 a 13 anos pela falta da vacina da Pfizer.
"É muito triste, ainda hoje várias pesquisas que são internacionais mostrarem que não existe tratamento, a denúncia recente do 'Fantástico' de pessoas que morreram com tentativas de tratamento precoce, kit covid. Fico triste", disse.
"Lamento muito que temos que falar disso quando deveríamos estar falando tem lugar que não chegou vacina no Rio, de controlar a vacinação, convocação para segunda dose que não é feita. Muita coisa para fazer e não isso, mas vamos em frente, é o que temos", contou Fátima.
Michelle Loreto, que acompanhava Fátima no programa, reforçou as críticas ao governo federal. E disse para confiarem na ciência. "Só estamos começando a ver uma luz no fim do túnel é porque temos pessoas estudando isso. Vamos acreditar em quem sabe o que está falando. E quem sabe o que está falando é quem está estudando para isso", disse a jornalista.