Dayane Mello Reprodução

Rio - A modelo Dayane Mello, que está confinada em "A Fazenda", está sendo acusada de racismo nas redes sociais. Ela conversava com Valentina Francavilla e com outros participantes do reality show da Record quando surgiu o assunto "imigrantes". 
"Um país muito novo [Brasil]. Tanto que muitas pessoas fugiram da guerra para o Brasil, como as colônias italianas, alemãs", disse Valentina. Dayane, então, também resolveu falar. "O sul do Brasil é tudo alemão e português. Por que a Bahia, o nordeste são todos de cor? Porque os africanos fugiram para cá", disse a modelo, sem considerar que o Brasil foi o último país no mundo a abolir o regime escravocrata. 
Os outros participantes seguiram a conversa sem corrigir a fala de Dayane. No entanto, a declaração teve grande repercussão negativa nas redes sociais. "Essa mulher é louca. Eles não fugiram, foram traficados, sua preconceituosa. E, no Brasil, todos somos de cor, não só o nordeste", se irritou um internauta no Twitter. "Não sei o que é pior: ela falar pessoas de cor ou dizer que os africanos fugiram pro Brasil e ninguém corrigir ela. Todos faltaram a aula de história", disse uma pessoa. "Todos de cor’... não, gente. Tem que ser pior que ela para gostar dessa mulher", comentou outra pessoa.
'Conflito de cultura'
Na terça-feira, a equipe que cuida das redes sociais de Dayane Mello se pronunciou. Eles tentaram justificar a fala de Dayane afirmando que ela morou por mais de 10 anos na Itália e que existe um conflito de cultura. "Entendemos que seus hábitos e costumes foram mudados pela regionalização, como sempre comenta na casa. De forma detalhada, o termo 'preto' ou 'negro' (na Itália), é uma forma errada de se expressar, novamente havendo um conflito cultural. A forma errônea usada pela Dayane é nitidamente a maneira empregada pelo povo italiano", disse a equipe, referindo-se ao termo "de cor" usado pela peoa. 
"Day fez uma colocação problemática na nossa sociedade. 20 de novembro é celebrado Dia Nacional da Consciência Negra, dia e mês tão importante. A consciência desse mês é para entendermos o quanto ainda nos resta muitas raízes racistas, problema esse que, para a gente precisa ser resolvido. Lamentamos que ainda existam esses vícios linguísticos, principalmente feito por Dayane e que, além dela, toda sociedade evolua e aprenda. Que a nossa consciência para além do mês de novembro, esteja alerta para não persistirmos no erro".