Verônica (Taís Araujo) em AruanasMauricio Fidalgo

Rio - A poluição urbana é o tema central da segunda temporada da série 'Aruanas', que já está disponível no catálogo do Globoplay. Com intuito de trazer conscientização através do entretenimento, a produção fala sobre os riscos de se expor a uma concentração massiva de substâncias tóxicas nas cidades. O problema é tamanho que, de acordo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 92% da população é exposta a uma quantidade inimaginável de poluentes. Enquanto medidas efetivas não são tomadas publicamente, na ficção, as Aruanas lutam para que a população consiga respirar um ar cada vez mais limpo.


Com um quarteto de protagonistas composto por Camila Pitanga, Leandra Leal, Débora Falabella e Taís Araujo, a estreia da nova temporada caminha na trilha do sucesso da primeira parte, lançada em 2019.

"Esse projeto 'Aruanas', que teve a primeira temporada super bem sucedida, e agora a segunda temporada, que a gente espera que seja no mesmo volume, ele vem entendendo que a gente quer transformar o mundo. A gente quer falar coisas que a gente acredita e conscientizar as pessoas do quanto a gente pode fazer diferente através do ativismo. Seja através de um clique, de como você usa água, como você cuida do seu lixo… Isso só não basta, a gente precisa de um movimento que envolva as instituições, o governo, mas todo mundo fazendo um pouquinho pode fazer muita diferença", defende Camila Pitanga, que reforça o sentimento de orgulho em fazer parte da produção. "Sinto que estou contribuindo para uma coisa que a gente acredita", completa a atriz.

Pandemia

Com gravações retomadas ainda durante a pandemia, Leandra Leal destaca a importância da união da equipe para que o trabalho pudesse ter continuidade. "A segunda temporada, foi tão especial quanto a primeira, de uma forma muito diferente. Porque ter um trabalho para atravessar esse momento foi muito importante. Foi muito importante para mim vencer o medo de sair de casa para ir trabalhar, foi muito importante confiar nos meus amigos de elenco. A gente criou um pacto coletivo, de que a gente ia proteger e cuidar um do outro. Pra mim, foi um aprendizado gigantesco. Agradeço muito por ter participado desse momento e ter contado essa história. Não sei se qualquer trabalho me tiraria de casa", pondera a atriz.

Ativismo reconhecido

No papel de Natalie, uma das fundadoras da ONG Aruana, Débora Falabella defende que a série ajuda na divulgação das causas ambientais e que os ativistas da 'vida real' se sentem representados pela produção.

"A gente já teve um feedback muito positivo durante a primeira temporada. A gente teve contato com muitos ativistas e jornalistas que cobrem a questão ambiental e todos eles são fãs da série e acham ela extremamente importante. Acho que a gente, do nosso lugar de artistas, tá defendendo essa causa com muita propriedade. Então eu acho que está todo mundo feliz com toda essa divulgação para um público que talvez não se interessasse por isso se não fosse através de uma história contada", declara a atriz.

Arco narrativo
Mas se engana quem pensa que a série se sustenta em uma simples análise climática. Com personagens complexas e reviravoltas românticas, a série propõe um fio narrativo que é digno de uma maratona televisiva. "O mais legal de todas essas personagens é a humanidade. Os autores procuraram colocar uma coisa errada - quando eu falo de humanidade, eu falo em erro humano - em cada personagem. E isso é muito bom dramaturgicamente, isso é muito rico", defende a atriz, que vive um conflito com a personagem de Débora Falabella após se envolver com o ex-marido da amiga.

Cereja do bolo

Além de um tema relevante, de boas histórias e de um quarteto de protagonistas formado por atrizes renomadas, a segunda temporada de 'Aruanas' ainda conta com as participações especiais de Lázaro Ramos, Daniel de Oliveira, Lima Duarte e do astro internacional Joaquim de Almeida.