Publicado 10/07/2021 13:36
Duque de Caxias - Seis dias depois, os parentes de Rose Bahia dos Santos, de 52 anos, que morreu de câncer no último domingo (4), em decorrência de um câncer, conseguiram enterra-la, na manhã deste sábado, 10. A despedida ocorreu no cemitério da Taquara. Desde a morte de Rose, familiares iniciaram uma peregrinação para poder sepultar Rose.
"Felizmente, graças a reportagem, conseguimos enterrar minha cunhada. No cemitério, encontramos outras duas famílias que estavam passando pelo mesmo sufoco", disse Kelly Cristina.
Apesar de uma decisão judicial e da Prefeitura terem autorizado o enterro de forma gratuita, a funerária responsável pelos cemitérios de Duque de Caxias alegou que faltavam documentos para a realização do enterro. Segundo denúncia dos parentes, a AG-R EYE Obelisco Serviços Funerários Ltda, funerária da cidade, não aceitou declarações de que Rose morava no município com o irmão. No caso, a empresa queria um comprovante de residência no nome da falecida.
"Foi uma situação muito humilhante. E, por isso, nós vamos mover uma ação contra a funerária", afirmou Kelly.
Relembre o caso
Rose morreu de câncer no último domingo (4), depois de ficar internada por 15 dias no Hospital Moacyr do Carmo, em Caxias. A prefeitura autorizou que o enterro fosse feito de forma gratuita, concedendo o benefício ofertado a famílias pobres. O problema é que para realizar o sepultamento, a funerária exigiu que a família entregasse um comprovante de residência no nome da mulher que morreu. A funerária também não aceitou uma declaração de residência feita pela Defensoria Pública que acompanha o caso.
A família então conseguiu uma ordem judicial para garantir o enterro de Rose, mesmo assim a funerária não garantiu o sepultamento.
A resposta da empresa foi que o caso ainda precisava ser analisado pelo departamento jurídico e que a família teria que esperar.
A família então conseguiu uma ordem judicial para garantir o enterro de Rose, mesmo assim a funerária não garantiu o sepultamento.
A resposta da empresa foi que o caso ainda precisava ser analisado pelo departamento jurídico e que a família teria que esperar.
Prefeitura vai processar
A Prefeitura de Duque de Caxias informou que está entrando com uma ação judicial contra a AG-R EYE Obelisco Serviços Funerários Ltda com o objetivo de obrigar a prestadora do serviço a aceitar documentos ou declarações em nome de familiares para a realização dos enterros gratuitos. De acordo com a Secretaria municipal de Governo, a Ouvidoria do município vem recebendo denúncias de que a funerária só está aceitando documentos em nome do falecido. Tais reclamações serão utilizadas para embasar a ação judicial.
Desde o início da atual gestão caxiense, em 2017, a Prefeitura vem lutando para acabar com o péssimo serviço funerário oferecido à população. A AG-R detém a exclusividade da prestação de serviços cemiteriais e administração dos cemitérios públicos municipais por causa de um contrato assinado na gestão do ex-prefeito Zito, em novembro de 2011.
Desde então, os munícipes reclamam da péssima qualidade do serviço oferecido e dos preços abusivos cobrados. Ainda em 2017, os cemitérios foram interditados por descumprir uma série de determinações do município, como realizar 120 enterros gratuitos por mês, conforme TAC assinado entre a cidade, a funerária e o Ministério Público. Além disso, há irregularidades encontradas em leis ambientais, notificações da Vigilância Sanitária, bem como de sonegação de impostos.
Desde o início da atual gestão caxiense, em 2017, a Prefeitura vem lutando para acabar com o péssimo serviço funerário oferecido à população. A AG-R detém a exclusividade da prestação de serviços cemiteriais e administração dos cemitérios públicos municipais por causa de um contrato assinado na gestão do ex-prefeito Zito, em novembro de 2011.
Desde então, os munícipes reclamam da péssima qualidade do serviço oferecido e dos preços abusivos cobrados. Ainda em 2017, os cemitérios foram interditados por descumprir uma série de determinações do município, como realizar 120 enterros gratuitos por mês, conforme TAC assinado entre a cidade, a funerária e o Ministério Público. Além disso, há irregularidades encontradas em leis ambientais, notificações da Vigilância Sanitária, bem como de sonegação de impostos.
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