Por felipe.martins

Rio - A fosfoetanolamina, apelidada de pílula do câncer, não é tóxica e deve ser legalizada como suplemento alimentar até que os testes clínicos comprovem sua real eficácia, concluiu o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, após realizar estudos em parceria com universidades federais. A sugestão será encaminhada para avaliação dos parlamentares e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em resposta a demandas judiciais, o composto tem sido distribuído pela Universidade de São Paulo (USP) em três cápsulas diárias para cada paciente. “Isso significa que as pessoas estão absorvendo, por dia, em torno de 1g dessa substância. Nessa quantidade, está comprovado que não é tóxico. Temos certeza”, assegurou o ministro Celso Pansera.

Ele considera que legalizar a fosfoetanolamina é “o mais rápido caminho” para eliminar o mercado clandestino e desjudicializar o acesso à substância.  “Como suplemento alimentar, o composto pode ganhar as farmácias e as lojas especializadas, com rótulos e orientações claras de que seu uso não substitui nenhum acompanhamento médico ou tratamento”, disse Pansera. O Ministério informou que caberá à Anvisa, apreciar a regulamentação da “pílula”como suplemento alimentar.

A Anvisa já se manifestou “preocupada” com a aprovação pelos deputados, semana passada, do projeto de lei que autoriza o uso da substância como medicamento, sem que tenha sido testada "de acordo com as metodologias científicas internacionalmente utilizadas no combate ao câncer”. 

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