O impacto foi ainda maior nos produtos como coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, cuja venda para o mercado externo despencou 73,7%, para US$ 34 milhões. Todos os outros itens da pauta de exportações do Estado tiveram queda, segundo a Firjan, com exceção de máquinas e equipamentos, que subiram 7,6%, para US$ 44 milhões.
O saldo comercial total do Estado do Rio registrou superávit acumulado de US$ 1,2 bilhão, de janeiro a outubro deste ano. De acordo com o Rio Exporta, boletim de comércio exterior, elaborado pela Firjan, o Rio exportou US$ 19,1 bilhões e importou US$ 17,9 bilhões no período.
Apesar do recuo de 12% na corrente de comércio, em comparação ao mesmo período de 2019, o Rio manteve o segundo lugar entre os Estados brasileiros com maior fluxo internacional do País.
Com relação ao petróleo, no acumulado do ano o Rio de Janeiro teve 11% de queda nas exportações, puxada principalmente pela China (US$ 8,4 bilhões; -22%) e pelos EUA (US$ 601 milhões; -66%). Segundo Giorgio Luigi Rossi, coordenador da Firjan Internacional, "os resultados ainda demonstram o relevante impacto da desaceleração provocada pela pandemia nas exportações fluminenses", afirmou em nota.
Já nas importações, o Rio registrou um recuo acumulado de 4%, apesar do crescimento de 4% das aquisições de bens industriais (US$ 15,3 bilhões).
O boletim destaca ainda o balanço das importações de insumos e equipamentos hospitalares para o combate à covid-19. No acumulado do ano, o estado teve um aumento de dois itens relevantes para o tratamento da doença: torneiras e dispositivos semelhantes (+10%), que são produtos para canalizações e procedimentos médicos; e reagentes de diagnósticos de laboratório (+407%). Os produtos da lista covid-19 tiveram origem, principalmente, da China (9%), Alemanha (8%) e EUA (7%).