Por thiago.antunes
Rio - Um dos textos mais polêmicos do pacote de austeridade do governo deve ser alterado e por iniciativa do próprio Executivo. A proposta original adia o pagamento das parcelas do reajuste dos servidores da Segurança — como policias civis e militares e bombeiros — de janeiro de 2017, janeiro de 2018 e janeiro de 2019 para os mesmos meses de 2020, 2021 e 2022.
Mas, agora, os chefes das instituições e corporações e o governador Luiz Fernando Pezão costuram acordo com o Legislativo para manter o reajuste para novembro do próximo ano, novembro de 2018 e novembro de 2019.
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Segundo fontes, o chefe da Polícia Civil, Carlos Leba, e o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Ronaldo Alcântara, irão hoje à Alerj para conversar com os deputados e tentar emplacar a proposta.
Ainda de acordo com fontes, a votação do texto, que estava prevista para amanhã, pode ser antecipada para hoje. Ontem, Pezão apoiou a proposta alternativa, dizendo que estava chegando a acordo com as categorias. O chefe da Polícia Civil também se reuniu ontem com as associações que representam as diversas categorias para apresentar a proposta. Já o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar divulgaram nota oficial anunciando a medida. 
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Rejeição da proposta
O presidente da Coligação dos Policiais Civis (Colpol), Fábio Neira, disse que a entidade se reuniu com o chefe da instituição, mas que a categoria não apoia qualquer adiamento de reajuste. Também estavam na reunião o Sindpol, Sindelpol (sindicato dos delegados), Aperj (associação dos peritos), Adepol (associação dos delegados do Rio), entre outros.
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Sem apoio
Presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Rio (ABMERJ), Mesac Eflain também disse que a categoria não apoia a proposta alternativa, mas que não houve encontro. “A ABMERJ não foi convidada para discutir essa contraproposta dos comandantes dos Bombeiros e da Polícia Militar e não faz acordo com esse governo”, afirmou Eflain.
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Projetos de quarta
Hoje, está prevista a votação do aumento da alíquota de ICMS, porém, nos bastidores da Alerj, diz-se que pelo menos duas votações previstas para amanhã podem ser antecipadas. Correm esse risco o adiamento do reajuste da Segurança e até o texto que aumenta a alíquota previdenciária de 11% para 14%.
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Para evitar confusão
A antecipação das votações seria uma forma de evitar sessões em dias de protestos na Alerj. Como o Muspe organizou ato para segunda-feira e amanhã, há sim a possibilidade de se adiantar alguma votação. Para evitar mudanças sem conhecimento do funcionalismo, servidores acamparam e fazem vigília desde ontem à noite na Alerj.
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Aumento de alíquota
Os chefes das corporações e da Polícia Civil também apresentaram contraproposta de aumento de contribuição previdenciária. Ao invés de passar de 11% para 14%, eles apoiam aumento progressivo, em alíquotas de 1% ao ano. Essa ideia já foi apresentada em emenda do deputado Edson Albertassi (PMDB).
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Pagamentos esta semana
Servidores ativos da Educação e da Segurança vão receber esta semana seus salários integralmente. A data, porém, ainda não foi divulgada pela Secretaria de Fazenda. Eles podem ser pagos amanhã, 10º dia útil, ou quinta. Já as outras categorias só devem começar a receber parcelado depois do dia 20.