Por thiago.antunes
Rio - O início dos saques das contas inativas do FGTS tem data para começar e terminar: vai de 13 de março a 31 de julho deste ano. Mais de 18 milhões de brasileiros serão beneficiados com a medida anunciada pelo governo federal.
E para conferir se possui conta inativa, o trabalhador tem alternativas, como acessar o site da Caixa Econômica Federal (www.caixa.gov.br) ou o do FGTS (www.fgts.gov.br), baixar gratuitamente um aplicativo para celular ou tablet — disponível para iOs e Android —, ou ir à uma agência do banco.

Em todos os casos é preciso informar o número do PIS e, para quem for ao banco, documento de identificação. Pode sacar o dinheiro todo trabalhador com carteira assinada que tenha conta vinculada a um contrato de trabalho encerrado até 31 de dezembro de 2015.

Luiz Fernando Reis%3A após 1h30 na fila%2C foi orientado a acessar o site da Caixa para obter saldo do FGTSDivulgação

A ideia era começar a liberar os recursos gradativamente em fevereiro, mas uma questão técnica, segundo informou o governo, acabou empurrando a data para o mês seguinte.

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É que para permitir os saques, a Caixa Econômica Federal, que administra o fundo, precisa tomar algumas medidas, como treinar funcionários e criar um serviço telefônico para tirar dúvidas dos trabalhadores, por exemplo, e o prazo acabou ficando apertado. O calendário será divulgado na primeira semana de fevereiro, informou ontem a Caixa.

Os pagamentos devem ser feitos nos moldes do abono do PIS/Pasep, ou seja, de acordo com a data do nascimento do trabalhador. Em março, por exemplo, poderão sacar o FGTS de contas inativas as pessoas que nasceram em janeiro e fevereiro, por exemplo. E assim sucessivamente.

A medida tem como objetivo, segundo o governo, permitir que brasileiros endividados quitem débitos e evitem o pagamento de juros altos. Mas o recurso não deve ser usado somente para pagar contas em atraso.

Segundo especialistas, quem não tiver dívida pode sacar os recursos e investir em caderneta ou em outra aplicação financeira. “O rendimento das contas inativas do FGTS é o mais baixo do mercado. Não vale a pena deixar o dinheiro parado”, orienta Gilberto Braga, economista da Fundação Dom Cabral e do Ibmec. Isso ocorre porque o fundo rende apenas cerca de 3% ao ano, mais TR. A inflação no ano passado chegou a 6,29%.
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A busca por informações sobre o saldo da conta inativa levou o cineasta Luiz Fernando Reis, 32 anos, morador da Barra, a uma agência da Caixa. Ele tentou verificar o saldo pela internet, mas não conseguiu e teve que recorrer ao banco. “Não consegui acessar online por divergência de numeração. Aparentemente tenho dois números de registro”, diz.
Após esperar por mais de 1h30 na fila da agência, em Copacabana, ele não conseguiu saber o saldo da conta inativa. Luiz Fernando teve seus dados atualizados e foi orientado pelo funcionário da Caixa a entrar na página do banco para consultar seu extrato. O que contraria as orientações da própria instituição. A Caixa informou que os canais online são alternativos e que eles não substituem o atendimento presencial.
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Como acessar
- Na Internet
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Os trabalhadores podem conferir o extrato de contas ativas e inativas na página na internet do próprio FGTS (www.fgts.gov.br). Para isso, é preciso ter cadastrada uma senha eletrônica, que pode ser criada na página da Caixa Econômica Federal (www.caixa.gov.br) ou em uma agência do banco.

- Na agência
Quem quiser pode consultar seu saldo e também solicitar uma senha para acesso online em uma agência da Caixa. Neste caso, é preciso levar um documento de identificação (carteira de identidade, de habilitação, de trabalho ou certidão civil) e o número de inscrição PIS/Pasep/NIT.
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- No celular
Há aplicativos do FGTS disponíveis para os sistemas Android e iOS que podem ser baixados gratuitamente pelo usuário. Além de ser possível acessar o site via smartphone, o contribuinte pode optar por receber mensagens no celular com informações da conta do FGTS, inclusive rendimentos e depósitos.
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- Por e-mail
Os trabalhadores podem também optar por receber o extrato do FGTS por e-mail. Para isso basta se dirigir a uma agência, ou se tiver cadastro online pode fazer pelo site, e informar a preferência.