Por thiago.antunes

Rio - Nos últimos anos, os investimentos em geração de energia nas regiões Norte e Nordeste do país aumentaram fortemente. Projetos como o da usina de Belo Monte, no Pará, e diversos empreendimentos de geração térmica a gás e de energia eólica nessa área, principalmente nos estados nordestinos, aumentaram a geração e contribuíram para diversificar as fontes.

O que garante o fornecimento de energia em todo o país, porém, principalmente em períodos de seca, ainda é a integração das várias regiões por meio de grandes linhas de transmissão.

A rede do Brasil é continental e cobre uma extensão territorial semelhante à Europa, ou seja, de Lisboa a Moscou. Sua presença ainda é mais percebida na metade leste do país, ou seja, nos estados do litoral, área que é também a mais densamente povoada.
Desde a crise de fornecimento de 2001, os investimentos aumentaram e novos trechos foram construídos em todo o país.

Hoje, não é exagero dizer que o sistema elétrico brasileiro está interligado do Chuí, no Sul, ao Oiapoque, no extremo Norte, na fronteira com a Guiana.  Mesmo assim, é importante continuar investindo não apenas na integração, mas também na diversificação das fontes.

Hoje, a geração em hidrelétricas, que representa 66% da energia consumida no Brasil é complementada por 27% de energia térmica, 6% de fonte eólica e apenas 1% de nuclear.

Em 2016, a potência instalada aumentou cerca de 7%, com uma matriz mais diversificada e complementar. As regiões Sul-Sudeste apresentam o maior número de plantas geradoras e respondem por mais de 50% da capacidade total, mas o país tem crescido mais para o interior, ou seja, é preciso ampliar o fornecimento nas outras regiões do país.

Para isso, fontes de energia renovável, como a eólica e a solar, têm se mostrado bastante apropriadas. Apesar da crise, o setor elétrico tem recebido investimentos importantes na geração, na transmissão e na distribuição, preparando-se para atender a demanda atual e aquela que inevitavelmente virá com a volta do crescimento econômico.

Sérgio Malta é presidente do Conselho de Energia da Firjan

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