Por thiago.antunes

Rio - O martelo não foi batido ainda, mas a expectativa do governo estadual é de pagar o salário de março dos servidores da Segurança (bombeiros, agentes penitenciários, policiais civis e PMs) no décimo dia útil, que é em 17 de abril.

Fontes do Palácio Guanabara afirmam que, apesar da dificuldade, o estado trabalha para priorizar o crédito dessas categorias. A medida visa evitar mais problemas com as classes, que já acumulam pendências: gratificações, desde o segundo semestre de 2015, e horas extras, desde setembro de 2016. 

Além disso, os funcionários da Segurança aguardam o décimo terceiro, que não foi pago a diversas categorias do Executivo Estadual.

Policiais civis entraram em greve em janeiro e suspenderam movimento devido à proibição do SupremoTânia Rêgo / Agencia Brasil

A Secretaria Estadual de Educação também deve pagar seus servidores ativos (incluindo o Degase) no décimo dia útil, como tem feito durante a crise, já que o crédito é feito com recursos do Fundeb — diferente da Segurança, cujo pagamento é feito com verbas do Tesouro Estadual.

Procurado pela coluna, o secretário de Educação, Wagner Victer, informou apenas que vem trabalhando para conseguir pagar em dia os funcionários. Ele disse ainda que se reunirá na próxima terça-feira com a Secretaria de Fazenda para tratar do assunto.

Policiais suspendem greve

A insatisfação dos policiais civis com as condições de trabalho e os débitos que o estado tem com a categoria desencadearam uma greve iniciada em 20 de janeiro. No entanto, ontem, a classe decidiu em assembleia suspender o movimento por conta de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de quarta-feira.

A Corte proibiu servidores de Segurança Pública de exercerem o direito de greve por desempenhar atividade essencial à ordem pública.

Presidente do Sindpol, Márcio Garcia disse que a suspensão é por respeito à decisão judicial. “Mas lamentamos ter perdido o instrumento da greve, pois ficamos diferenciados dos demais trabalhadores civis”, declarou.

Ele lembrou que a decisão da Corte ordena que haja negociação entre as partes. “Na próxima segunda-feira estaremos no Ministério Público do Trabalho, com o MPRJ e o governo”, completa. 

‘Não estou agarrado no cargo’, diz Pezão sobre intervenção

Em meio à grave crise do estado, em que nem o salário de fevereiro dos servidores foi quitado, o governador Luiz Fernando Pezão afirmou ontem não estar “agarrado ao cargo”, afastando a possibilidade de ser contra a intervenção federal.

Conforme a coluna informou em 28 de março, o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), vem alertando que a ajuda ao Rio tem que ser urgente, dentro de pelo menos 20 dias, caso contrário a saída para será a intervenção federal.

Ontem, o assunto voltou ao debate e Pezão disse que um eventual interventor terá que chegar com dinheiro. “Se chegar aqui um interventor para botar os salários em dia, não estou agarrado no cargo... Quero o melhor para o funcionário”, afirmou o governador, após depoimento na Justiça Federal como testemunha do ex-governador Sérgio Cabral.

“A União está com déficit hoje de R$ 139 bilhões. Para chegar aqui, tem que ser com pelo menos mais R$ 20 bi. Será que ele quer fazer essa intervenção? Parar os projetos de emendas constitucionais que estão no Congresso? Intervenção é isso”, acrescentou.

Rompe com Caberj

O Sindicato dos Servidores Públicos do Município do Rio (Sisep-Rio) vai mediar negociação entre a Caberj e o Previ-Rio para evitar a ruptura do contrato entre a Caixa de Assistência à Saúde e a Prefeitura no dia 31 de maio. A Caberj apresentou proposta de reajuste que não deve ser aceita pelo Previ-Rio, alertou o vereador Paulo Pinheiro (Psol).

Mediação da Sisep

O diretor jurídico do Sisep, Frederico Sanches, ressaltou a preocupação do sindicato com a continuidade da prestação de serviços à saúde dos servidores. Ele esteve na Caberj na quarta e firmou seu compromisso em conversar com o município. Caso não haja avanço na negociação, ele orientou o funcionalismo a procurar o sindicato.

Remanejamento

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio está com inscrições abertas, até 19 de abril, para seus servidores interessados no remanejamento para o Centro Especializado em Reabilitação da Policlínica Newton Bethlem. As vagas são para fonoaudiólogo, fisioterapia, psicólogo e médico ortopedista. Informações pelo telefone (21) 2504-2891.

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