Patrões vão poder recontratar demitidos sem justa causa antes do prazo de 3 meses que a lei exigia - Divulgação
Patrões vão poder recontratar demitidos sem justa causa antes do prazo de 3 meses que a lei exigiaDivulgação
Por MARTHA IMENES

Rio - O Rio de Janeiro é um dos estados mais afetado pelo desemprego - que atinge mais de 12 milhões de pessoas, segundo dados do Caged -, aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) trimestral divulgada ontem pelo IBGE. De acordo com o levantamento, de 2014 a 2017, o desemprego no estado subiu 157%, passando de 494 mil em 2014, para 1,2 milhão de desempregados em 2017.

O aumento percentual só foi maior em Santa Catarina (170,2%). Mas, mesmo com esse salto, o estado registrou a menor taxa de desemprego no país em 2017 (7,1%). A taxa do Rio é mais que o dobro (14,9%).

Falta emprego

Outro dado divulgado pelo IBGE foi a falta de trabalho para cerca de 26,4 milhões de brasileiros no quarto trimestre de 2017. Esse número representa os trabalhadores subutilizados no país, grupo que reúne pessoas que poderiam trabalhar, mas estão desocupadas, e aqueles que trabalham menos de 40 horas semanais.

Um ponto destacado pela pesquisa é o total de pessoas em desalento, que desistiram de procurar emprego no Brasil. Esse número bateu recorde no último trimestre de 2017, indicando que o mercado de trabalho tem reagido de forma muito tímida à recuperação da atividade econômica após dois anos de recessão.

Segundo a pesquisa, 4,352 milhões de pessoas deixaram de ir atrás de emprego no final do ano passado, ou 3,9% da força de trabalho em desalento, praticamente o dobro da fatia vista em 2012, início da pesquisa do IBGE, de 1,9%.

"A causa disso pode ser o ambiente econômico, que coloca muita gente na rua desempregada e desestimula à procura por emprego", afirmou Azeredo.

Segundo o IBGE, o perfil dos desalentados no Brasil incluem pretos e pardos, jovens e pessoas no ensino fundamental e em locais menos favorecidos ou menos desenvolvidos do país.

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