Rio de Janeiro - A paralisação parcial, iniciada nesta segunda-feira (12) por alguns sindicatos da categoria, ainda não tem reflexos nos serviços de atendimento dos Correios. Até o momento, todas as agências, inclusive nas regiões que aderiram ao movimento, estão abertas e todos os serviços estão disponíveis. As informações são dos Correios.
Neste fim de semana (10 e 11), a estatal colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios, de forma preventiva, para minimizar os impactos à população. Até o momento, a paralisação está concentrada na área de distribuição — levantamento parcial realizado na manhã de hoje mostra que 87,15% do efetivo total dos Correios no Brasil está presente e trabalhando — o que corresponde a 92.212 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença.
Em nota, os Correios disseram que no estado do Rio de Janeiro, 77% do efetivo está presente e trabalhando – o que corresponde a 8.342 empregados.
O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ) diz que a adesão é de 80% dos trabalhadores no Rio de Janeiro. A categoria realizou uma manifestação em frente ao prédio sede dos Correios nesta segunda-feira, na Cidade Nova. Ainda segundo o Sintect-RJ, o ato reuniu cerca de 1.200 trabalhadores.
O principal motivo da paralisação é evitar mudanças no plano de saúde dos funcionários, que envolvem a cobrança de mensalidades do titular e de dependentes. Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT), a direção da empresa quer que os funcionários arquem com mensalidades do plano, assim como a retirada de dependentes. Além disso, afirma, o benefício poderá ser reajustado conforme a idade, chegando a mensalidades acima de R$ 900.
A categoria cruza os braços no mesmo dia em que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) começa julgamento referente ao plano de saúde, depois de trabalhadores e empresa terem, sem sucesso, tentado chegar a um acordo sobre a questão.
Os Correios alegam que os custos do plano de saúde dos trabalhadores representam 10% do faturamento da empresa, ou seja, uma despesa da ordem de R$ 1,8 bilhão ao ano. A estatal afirma que o plano atual contempla, além dos empregados, dependentes e cônjuges, pais e mães dos titulares. "Após diversas tentativas de acordo sem sucesso, a empresa se viu obrigada a ingressar com pedido de julgamento no TST", diz a nota.
A audiência no tribunal está marcada para a tarde de hoje.