Brasília - Marcada para esta segunda-feira, a reunião do Grupo de Trabalho composto por técnicos dos ministérios da Fazenda e de Minas e Energia, além da Agência Nacional do Petróleo (ANP), foi adiada e ainda não tem uma nova data para ocorrer. A iniciativa foi anunciada na última sexta pelo Ministério de Minas e Energia. Na ocasião, o ministério informou que a reunião buscaria criar uma "política de amortecimento dos preços dos combustíveis ao consumidor".
Temer considerou inoportuno e indelicado o governo discutir eventuais mudanças nos prazos de reajustes de preços da gasolina e demais combustíveis, no momento em que o novo presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, mal assumiu o cargo.
O presidente orientou seus auxiliares a conduzir os estudos internamente e compartilhá-los mais tarde com a Petrobras, antes de anunciar publicamente qualquer intenção ou proposta. A ordem no Palácio no Planalto é que se consolidem primeiramente a redução efetiva do preço do diesel nas bombas em todo o país e, em seguida, as medidas legais para compensação do desconto de R$ 0,46 por litro, antes de se iniciar o debate sobre a gasolina e gás.
Política de preços
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a iniciativa não tocaria na política de preços da Petrobras. Uma das possibilidades seria repassar as variações nos preços da gasolina mensalmente, em vez de acompanhar diariamente as variações do mercado.
"Essa política de proteção terá que preservar a atual prática de preços de mercado para o produtor e importador, o que é tido pela atual administração como um ponto fundamental para a atração de investimentos para o setor. Vai trazer previsibilidade e segurança ao consumidor e ao investidor", sustentou o ministério, na sexta.
Ainda segundo a pasta, seria formado um Grupo de Trabalho para ouvir especialistas sobre o assunto para “ajudar a construir uma solução que permita, por um lado, a continuidade da prática de preços livres ao produtor/importador e, por outro, o amortecimento dos preços ao consumidor”.