Por O Dia

Rio - Em 1920, o então presidente Washington Luis tinha como lema: governar é abrir estradas. Se considerarmos a malha rodoviária atual, não concessionada, ainda estaríamos no século passado. No Rio, a situação é caótica. As estradas que "ligam" o Rio a São Paulo e a Minas, as maiores economias do pais, ainda têm serras, das Araras, na BR 116, e Petrópolis na BR 040, ambas construídas na década de 1930, onde equipamentos modernos como carretas bi-trens, quase não conseguem trafegar. 

A inércia ou burocracia da ANTT impede que a curto prazo, gargalos sejam solucionados. Com isso, 7 mil empregos deixam de ser gerados, os custos aumentam, retardando o desenvolvimento do estado e do país.

Nas estradas estaduais, a situação não é diferente. Interdições ocorreram na RJ 163, com enormes prejuízos para Visconde de Mauá e Penedo. Fruto da grave situação do estado, estradas padecem, sem investimentos em reparos, manutenção e conservação.

Pesquisas apontam que 85% das rodovias concedidas têm pavimento em condições entre bom e ótimo, enquanto menos de 50% das não-concedidas apresentam tais condições. A malha de rodovias concedidas do Rio é pouco densa, se compararmos com outros estados, como SP, que tem a maior densidade.

Diante da situação do Rio, a impossibilidade de, em curto ou médio prazos, em recuperar rodovias, hoje em condições precárias, que oneram o sistema e colocam em risco a vida dos usuários, a solução de ampliar a extensão das concessões, a exemplo do que fez São Paulo e a União, nos parece promissora.

O estado quer sistema de concessão simplificado em que a concessionária deve recuperar, manter e conservar, garantindo maior segurança do usuário com o menor custo de pedágio possível. Haverá redução de acidentes e custos decorrentes, com incremento na economia das regiões, com abertura de cerca de 3 mil empregos por região.

Luiz Fernando Santos Reis é presidente-executivo da Associação de Empresas de Engenharia do Rio (Aeerj)

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