Presidente Michel Temer - Wilson Dias/Agência Brasil
Presidente Michel TemerWilson Dias/Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - Após um dia conturbado, em que dólar comercial encerrou acima dos R$ 3,90, o presidente Michel Temer minimizou nesta quinta-feira os temores de que o Brasil possa passar por uma crise cambial.

"Não há risco de crise cambial no Brasil", disse o emedebista, que concedeu entrevista à TV Brasil nesta quinta-feira. Temer lembrou que o Brasil possui R$ 380 bilhões em reservas cambiais e que a depreciação foi um fenômeno que não se restringiu apenas ao Real, mas afetou também outras moedas de outros Países emergentes, como México, Argentina e Colômbia.

O dólar comercial encerrou a sessão de hoje no maior patamar desde março de 2016. A moeda norte-americana chegou a encostar nos R$ 3,97. Na mesma linha , o Ibovespa encerrou em queda de 2,98%. Operadores do mercado financeiro dizem que não há um fato novo capaz de justificar um mudança desse tamanho nos ativos brasileiros, mas citaram como fatores negativos as concessões feitas às reivindicações dos caminhoneiros, que colocaram em dúvida a capacidade de o governo ajustar suas contas.

O presidente defendeu a atuação do governo durante a paralisação dos caminhoneiros e negou que o tabelamento do frete, alvo de reclamações de parte do setor produtivo, possa se estender a outros setores da economia. "De jeito maneira (faremos tabelamento de preços)", disse.

O emedebista reconheceu as críticas à medida, mas afirmou que o governo está avaliando "adaptações" no modelo, que foi proposto antes da chegada da crise econômica e que, por isso, está desatualizada em relação à oferta e demanda de serviços de frete atual.

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