Por *EDDA RIBEIRO

Rio - Em dezembro, alguns inquilinos podem ter dor de cabeça com o aumento no valor do aluguel. O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou alta acumulada de 9,68% - entre dezembro de 2017 e novembro deste ano. A saída para ninguém sair perdendo na hora de corrigir o valor é negociar a correção para quem tem vencimento anual de contrato no próximo mês.

Segundo o Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), com a correção pelo principal indicador usado em contratos de locação, um aluguel de R$ 1.500, com vigência de 12 meses até dezembro, deverá ser multiplicado pelo fator 1,0968 (de acordo com o índice). O resultado, R$ 1.645,20, corresponde ao novo valor do aluguel.

Thiago Neves, advogado imobiliário, lembra que a crise financeira pode atrapalhar em momentos de reajuste, e sugere que inquilinos e donos de imóveis negociem. "A aplicação de reajustes excessivos pode levar à falta de interesse do locatário de renová-lo, diante da oferta de imóveis com possibilidade de negociação", pondera.

É o caso da professora Leila Carvalho, 34 anos. Proprietária de um apartamento no Flamengo, ela foi orientada pelo corretor a não cobrar o valor integral do reajuste, que completa 12 meses em dezembro, e deve ser pago até dia 5 de janeiro.

"Por conta do mercado fraco, e para não perder o inquilino, concordei em reajustar com um valor menor, em torno de 35% do total", explica. O advogado sugere que a adimplência do locatário deve ser levada em conta. "A negociação se torna ainda mais fácil se o aluguel é pago em dia", aconselha Neves.

*Estagiária sob supervisão de Max Leone

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