Rio - O décimo terceiro vai chegar para milhões de trabalhadores - as empresas têm até quinta-feira para pagar a segunda parcela do abono -, e o momento é de decidir como aproveitar melhor o valor recebido. Entre o que fazer, investir foi a escolha de 27% dos entrevistados, segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). As facilidades da vida moderna oferecem opções rápidas de investimentos e fora do modelo tradicional, como usar aplicativos no celular. Começando com valores baixos, a partir de R$ 30, é possível garantir que o dinheiro renda.
E pelo celular é possível encontrar sites, blogs e canais com informações relevantes para quem é iniciante no mundo dos investimentos. Uma das demandas para o uso dos aplicativos para investimento é o acesso a informações em tempo real.
"As maiores queixas de usuários estão relacionadas à falta de tempo ou complexidade para investir. Grande parte dessas questões podem ser resolvidas pelo celular", explica Francis Wagner, CEO da empresa Renda Fixa, que possui aplicativo mobile para investimentos.
Na hora da escolha do aplicativo, avaliar a opinião de clientes de cada plataforma é relevante para saber se a plataforma passa por instabilidades, se há serviço de assessoria para os investidores e como funciona o suporte em caso de problemas.
Informações 'mastigadas'
Aplicativos como o Renda Fixa já atendem o pequeno investidor, com perfil iniciante no mercado e que ainda não se sente muito seguro para movimentar quantias.
Uma demanda comum é sobre as informações e números da ferramenta. O TradeMap, por exemplo, disponível gratuitamente no App Store, mostra os dados em tempo real das aplicações em Renda Variável, Renda Fixa, Fundos de Investimento, Fundos Imobiliários e Tesouro Direto. Isso permite que o usuário possa conhecer o funcionamento de cada um.
Outra vantagem para não ter que se dirigir a instituição financeira cada vez que surge uma dúvida, são os canais de atendimento pelo celular, que respondem sobre organização de finanças, corretoras até tipos de rendimento.
Alguns bancos também estão apostando na função mobile de aplicações. Por meio do'Investimentos BB', o Banco do Brasil dispõem de cinco elementos para melhorar carteira de investimentos dos clientes: liquidez, rentabilidade, posição de ativos, riscos e movimentações. Assim, o investimentos fica garantido de forma mais autônoma.
Dúvidas em tempo real
Acompanhar o quanto o investimento rende é outra necessidade buscada. Gerenciar as variações do mercado ajuda a escolher outras aplicações, caso seja mais vantajosas, e dependendo do tempo de resgate de cada uma.
Foi o caso do gestor público Phelipe Queiroz, de 24 anos. Para ele, o uso de aplicativo é interessante para acompanhamento das informações.
"Costumo confirmar os investimentos pelo computador. Mas para acompanhar dados do mercado, e receber atualizações sobre os títulos, prefiro o app", conta.
Aplicações a partir de apenas R$ 30
Muitas pessoas acreditam que investimentos são escolhas de alto risco para seu dinheiro, e que demandam grandes valores. Uma alternativa que pode atender a esse e outro públicos é o Tesouro Direto. Trata-se de um programa do Tesouro Nacional para venda de títulos públicos federais, e com valor mínimo de R$ 30, é possível aplicar. E tudo pode ser feito por celular.
No app, o Tesouro Direto oferece títulos com diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou à variação da taxa de juros básica da economia - Selic), de prazos de vencimento e de fluxos de remuneração.
Para identificar o tipo de aplicação desejada, o Simulador questiona as finalidades em opções como 'Aposentadoria', 'Reserva de Emergência', 'Férias', entre outras categorias possíveis.
Acesso para usuários de todas as idades
Mais do que investimentos, os aplicativos apostam em educação financeira e informações na palma da mão em tempo real. É o caso do TradeMap, que, segundo a empresa, conta com 14% de pessoas físicas que investem no Brasil.
"Precisamos atender os investidores mais tradicionais e também aqueles com um perfil jovem, e, de forma geral, ambos os perfis não têm tempo ou vontade de mudar de plataforma duas ou até três vezes para buscar mais informações. Todos desejam receber os dados completos e reunidos na palma da mão, com o mínimo de toques possível", explica Nelson Massud, CEO da Valemobi, empresa desenvolvedora do app.
Segundo a B3 (antiga Bovespa) , o perfil etário no Brasil que mais aplica é de 36 a 45 anos, com 201.390 usuários. No Rio de Janeiro, até outubro, pelo menos 114 mil contas de pessoa física estavam ativas para investimentos.
"Vivemos em um momento em que o acesso à informação incentiva e oferece mais autonomia aos investidores. Mesmo os iniciantes podem ter acesso às ferramentas necessárias para criar estratégias e executar investimentos de forma independente", acrescenta Massud.
*Estagiária sob supervisão de Max Leone