O ministro da Economia, Paulo Guedes, discursa na cerimônia de posse dos presidentes do Banco do Brasil, Rubem Novaes, do BNDES, Joaquim Levy, e da Caixa, Pedro Guimarães, no Planalto - Osvaldo Lima/Parceiro/Agência O Dia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, discursa na cerimônia de posse dos presidentes do Banco do Brasil, Rubem Novaes, do BNDES, Joaquim Levy, e da Caixa, Pedro Guimarães, no PlanaltoOsvaldo Lima/Parceiro/Agência O Dia
Por O Dia

Brasília - O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira que o mercado de crédito no país foi 'estatizado' e sofreu 'intervenções danosas' de governos anteriores. A Caixa Econômica Federal, segundo o ministro, foi assaltada e saqueada. As declarações foram dadas no discurso da cerimônia de posse, no Palácio do Planalto, dos novos presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

"O dirigismo econômico corrompeu a política brasileira e travou o crescimento da economia", afirmou Guedes. "O mercado brasileiro de crédito também está estatizado e sofreu intervenções extremamente danosas para o país", completou.

Ele prometeu 'abrir a caixa preta' dos bancos públicos, citada pelo presidente Jair Bolsonaro desde a campanha eleitoral.

"A Caixa Econômica Federal foi vítima de saques, fraudes e assaltos de recursos públicos. Como vai ficar óbvio, quando essas caixas pretas começarem a ser examinadas", disse Guedes. 

Ele criticou a distribuição de crédito do Banco do Brasil."Falamos do que já aconteceu com o Banco do Brasil que recebeu aumento de capital e mantém mercado de crédito segmentado", acrescentou.

O presidente do Banco Brasil (BB), Rubem Novaes, é empossado no Planalto - Osvaldo Lima/Parceiro/Agência O Dia

Durante a cerimônia, no Palácio do Planalto, Guedes afirmou que a posse dos novos presidentes dos bancos estatais marca um novo olhar sobre as atividades destas instituições. “As instituições financeiras são como lubrificantes para o crescimento econômico que depende de crédito”, alertou.

O ministro criticou financiamentos "estranhos" do BNDES. Para ele, houve erros em gestões anteriores quando o banco emprestou a juros baixos para as empresas mais ricas, conhecidas como "campeãs nacionais". "Quando o BNDES recebe aumento de capital para fazer projetos econômicos estranhos em termos de retorno de capital, do ponto de vista político, de quem é o beneficiado do lado de lá, dando capital para as empresas 'campeãs nacionais', nós, economistas liberais, não gostamos disso”, afirmou .

Guedes afirmou que os bancos públicos perderam-se por causa de uma "aliança perversa" entre a iniciativa privada e agentes públicos. Ele disse que os novos presidentes das instituições estão alinhados com a 'filosofia' do presidente Bolsonaro de 'fazer a coisa direito e acabar com a falcatrua'. 

"A máquina de crédito do Estado sofreu desvirtuamento. Perderam-se os bancos públicos através de uma aliança perversa de piratas privados, democratas corruptos e algumas criaturas do pântano político. Esses presidentes vão assumir sabendo disso, fazer a coisa funcionar direito, da forma certa. Acho que o time comunga dessa filosofia, que é a filosofia do presidente, de fazer a coisa direito, de acabar com a falcatrua. E estamos aqui para enfrentar isso pelo povo brasileiro", declarou o ministro da Economia.

“Você não pode usar a desculpa que há transações para concentrar o poder. Você desvirtua o funcionamento dessas instituições”, afirmou, ao criticar o uso de regras de crédito para o que chamou de “falcatruas para ajudar amigos que chegam mais perto do poder econômico em Brasília”.

Assumiram nesta segunda-feira o novos presidentes da Caixa, Pedro Guimarães, do BNDES, Joaquim Levy, e do Banco do Brasil, Rubem Novaes.

*Com Agência Brasil

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