Rio - A proposta que fixará o piso regional para mais de 100 categorias da iniciativa privada do Estado do Rio de Janeiro em 2019 será enviada à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) pelo governo de Wilson Witzel até a próxima semana. O Executivo informou que o percentual de reajuste ainda não foi definido, mas deve ser fechado ainda hoje — o que pode acelerar a entrega do projeto para esta semana na Alerj.
Mais uma vez, durante as negociações feitas entre representantes dos trabalhadores e empregadores, ainda em 2018, não houve consenso. Enquanto as categorias reivindicaram 8,7% de aumento, os patrões opuseram-se ao índice, e defenderam a possibilidade de um reajuste 1,22%. Em meio à falta de acordo, os trabalhadores chegaram a apresentar 6,95% de correção salarial como um meio termo, mas nem assim existiu concordância.
No ano passado, após 'queda de braço' entre as partes e da falta de um acordo, integrantes do Executivo afirmaram que a proposta de reajuste do piso teria como base a média da cesta de índices nacionais de inflação. O projeto do governo previa um aumento de 2,52%. Mas os deputados apresentaram emendas que alteraram o projeto, e, consequentemente, elevou o reajuste, que chegou a 5%.
O aumento será retroativo a 1º de janeiro, e vai contemplar cerca de dois milhões de trabalhadores privados. Em 2018, com a correção, por exemplo, as empregadas domésticas (faixa 1) passaram a ganhar salário de R$ 1.193,36. E o piso para garçons, pintores, cozinheiros, pedreiros, cabeleireiros e manicures (faixa 2) ficou em R$ 1.237,33.
De fora
Já algumas classes ficaram de fora e não tiveram nenhum reajuste, como técnicos de nível médio regularmente inscritos nos conselhos regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, marinheiros de esportes e recreio, além de jornalistas.
