Rio - Sacar ou poupar? Segundo o Banco Central (BC), a população brasileira superou o depósito em caderneta de poupança no mês de janeiro deste ano. Ao todo, foram depositados R$ 194,672 bilhões. As retiradas durante o primeiro mês do ano somaram R$ 205,905 bilhões, dando a diferença de R$ 11,23 bilhões.
Conforme informou a Agência Estadão Conteúdo, os saques refletem, em grande parte, a necessidade de recursos para pagar despesas como IPTU, IPVA, matrículas e materiais escolares. A retirada também é derivada dos recursos do 13° salário.
Pela legislação em vigor, o rendimento da poupança é calculado pela soma da Taxa Referencial (TR), definida pelo BC, mais 0,5% ao mês, sempre que a taxa básica de juros (Selic) estiver acima de 8,5% ao ano.
Esse resultado representa a maior retirada de recursos da poupança para o mês de janeiro desde 2016, quando a diferença entre saques e depósitos foi de R$ 12,032 bilhões. Em janeiro, os rendimentos resultaram em crédito de R$ 2,939 bilhões. O saldo atualmente depositado na poupança está em R$ 788,988 bilhões, segundo o BC.
Hábito de poupar
Apesar dos resultados positivos da caderneta nos dois últimos anos, os brasileiros ainda não têm o hábito de guardar dinheiro. Dados do Banco Mundial mostram que, em 2017, apenas 32% dos brasileiros com mais de 15 anos de idade guardaram alguma quantia de dinheiro.
O planejador financeiro Rogério Braga acredita que, apesar da necessidade de gastos, é possível garantir uma reserva, e o primeiro passo é poupar no início do mês, assim que sair o salário. "Mesmo com uma quantia pequena, como R$ 10 por mês, já ajuda no hábito", orienta.
