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Trump: "muro será construído"AFP
Por Agência Brasil

Washington - O déficit comercial dos Estados Unidos alcançou em 2018 o maior nível em 10 anos, apesar dos esforços do presidente Donald Trump para reduzi-lo, anunciou o departamento do Comércio. O país também registrou no ano passado recordes de importações de bens procedentes da China, México e União Europeia, de acordo com os dados publicados com um mês de atraso, em consequência da recente paralisação parcial do governo.

O déficit dos bens e serviços foi de 621 bilhões de dólares (+12,5%), com exportações recordes de 2,5 trilhões de dólares (+6,3%) e importações também em níveis históricos de 3,121 trilhões de dólares (+7,5%). Deixando de lado o excedente dos serviços (+270,2%), o déficit comercial seria de 891,3 bilhões de dólares, um recorde absoluto.

No mês de dezembro, o déficit de bens e serviços foi de 59,8 bilhões (+18,8%), superior às previsões dos analistas, que antecipavam em média o valor de US$ 57,8 bilhões.

A importante alta do déficit comercial americano pode irritar Trump, que transformou a questão em um de seus principais temas. O presidente republicano iniciou uma guerra comercial contra os principais sócios dos Estados Unidos para reduzir os desequilíbrios no comércio.

Em 2018, o governo adotou, em seis oportunidades, tarifas adicionais de entre 10% e 50% a importações calculadas em 283 bilhões de dólares. Em resposta, os sócios comerciais dos Estados Unidos, sobretudo a China, aplicaram tarifas de 16% em média às exportações americanas por um valor de 121 bilhões de dólares.

A guerra comercial teve repercussões para a economia chinesa, que registrou em 2018 o menor nível em 28 anos. O crescimento da economia mundial foi menor que o esperado. Apesar de suas medidas, a Casa Branca precisa lidar com o grande apetite da população pelo bens de consumo de baixo custo, procedentes do exterior.

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