Alessandro Molon classificou como "escandalosa" tentativa do governo de negociar cargos para aprovar a reforma - José Cruz/Agência Brasil
Alessandro Molon classificou como "escandalosa" tentativa do governo de negociar cargos para aprovar a reformaJosé Cruz/Agência Brasil
Por O Dia

Brasília - Líderes de partidos da Câmara criticaram ontem a articulação do governo Bolsonaro, que estria tentando negociar cargos com o Congresso para aprovar a Reforma da Previdência. Eles também deram sinais negativos sobre a aprovação da PEC 6, refutando declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que faltariam poucos votos para passar a medida no Parlamento.

O líder do PRB, Jhonantan de Jesus (RR), por exemplo, afirmou que, do jeito como a reforma está posta hoje, seu partido votaria contra a PEC 6. "Não há base ainda para aprovar a (Reforma da) Previdência. Há apenas os votos do PSL", disse.

Conforme a Agência Estadão Conteúdo, Jhonantan de Jesus  insinuou também que o partido espera saber a quais cargos terá direito para avançar nas tratativas sobre a proposta. Para ele, o governo Bolsonaro precisa ceder para criar sua base. As declarações foram feitas pelo líder do PRB ao chegar na residência oficial do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para reunião das lideranças.

Já o líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), por sua vez, classificou como "escandalosa" a tentativa do governo Bolsonaro de negociar cargos para aprovar a Reforma da Previdência. Ele criticou também a PEC do Pacto Federativo. Para ele, a medida pode comprometer a destinação de recursos para áreas como Saúde e Educação.

Já o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), disse que seu partido é a favor da reforma, mas que há uma questão fechada sobre o BPC, benefícios pagos a idosos e pessoas de baixa renda. Os tucanos não querem que haja mudança nas regras e reforçou que o impacto fiscal previsto para esse ponto é praticamente nulo.

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