Marcos Cintra -  Bárbara Cabral/Abrig
Marcos Cintra Bárbara Cabral/Abrig
Por Marina Cardoso

Rio - Além da possibilidade da acabar com deduções do Imposto de Renda de despesas de saúde e educação, o governo Bolsonaro estuda pôr fim também em isenções para pessoas com doença grave. Caso o sistema seja adotado, 16 enfermidades, que estão listadas na Constituição, correm risco de ficar de fora. Ontem, em evento na Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), em Brasília, Marcos Cintra, secretário especial da Receita, afirmou que o governo quer fazer uma "faxina" no IR. 

Entre os contribuintes que podem ficar sem isenção estão pessoas diagnosticadas com Aids, cegueira, esclerose múltipla, doença de Parkinson e paralisia irreversível e incapacitante. 

O fim da isenção para pessoas com doenças grave seria um dos três pilares que o governo pretende adotar em um novo sistema tributário federal. De acordo com Cintra, a ideia é tornar o modelo semelhante ao de outros países. 

"Nós vamos fazer uma grande faxina para torná-lo compatível com o que está acontecendo no mundo inteiro. Depois que Trump mexeu no IR da Pessoa Jurídica, o mundo inteiro está fazendo. As alíquotas que eram de 30 a 40% estão sendo reduzidas para 20, 25%. Faremos a mesma coisa", afirmou o secretário.

Sobre a possibilidade do fim da isenção do IR para pessoas com doenças graves, Cintra disse que uma séries de "penduricalhos absurdos" precisam ser revistos.  

PILARES

O governo Bolsonaro pretende mexer na desoneração da folha de pagamento e criar nova fonte de financiamento para a Previdência. "O Brasil é uma economia que está no raio de visão de todo o mundo, um receptador de grandes investimentos. Vamos entrar na OCDE. Precisamos criar ambiente compatível com esse mundo para que isso nos permita entrar nesse fluxo de grandes receptadores de investimentos internacionais em condições competitivas", finalizou.

 

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