
“Quero fazer um apelo as companhias de energia, água e ao governo do estado. Não cortem a energia, ou a água, dessa população. Precisamos de um prazo para que possamos retomar nossas atividades, que a classe trabalhadora retome seus postos de serviço e possam se organizar financeiramente” pede Araújo.
Proprietário de uma padaria na capital maranhense, Wilkson já havia adotado medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde para receber os clientes e evitar que haja a propagação do novo vírus. A utilização de álcool em gel e a distância segura entre as mesas não foram suficientes no estabelecimento, e as atividades precisaram ser paralisadas.
“Vai doer no bolso, com certeza. Mas, se todos fizerem a sua parte, vamos enfrentar a situação o mais rápido possível e em breve retomaremos as atividades com êxito” acrescenta Wilkson.
Com o receio por parte dos funcionários quanto uma possível demissão em massa, já que não seria necessário a presença dos trabalhadores no local, o proprietário ressalta que se trata de uma paralisação temporária. “Alguns achavam que seria uma demissão em massa. Conversei muito e expliquei o que estava acontecendo. Vi que todos ficaram aliviados, e entenderam que é muito importante se isolar nesse momento tenso” acrescenta.
O empresário se diz confiante em relação ao retorno às atividades e ressalta a importância de preservar o bem-estar dos colaboradores. “Infelizmente muitos donos de negócios acabam não sabendo o que fazer em uma situação dessas. Sou responsável pelo sustento de muitas famílias que tem seu chefe trabalhando comigo. Não posso deixá-los na mão, nem prejudicar o meu negócio em meio ao que vivemos hoje” finaliza.