Presidente Jair Bolsonaro - José Cruz/ Agência Brasil
Presidente Jair BolsonaroJosé Cruz/ Agência Brasil
Por O Dia

Caso a tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) tivesse sido corrigida pela inflação acumulada nos últimos anos, cerca de 10 milhões de contribuintes deixariam de pagar o tributo, de acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). Isso significa que a faixa salarial para a cobrança, que atualmente atinge quem ganha acima de R$1.903,98 por mês, subiria para R$ 3.881,65, deixando isentos todos os brasileiros que recebem até esse valor por mês. Ontem, o sindicato divulgou que a defasagem alcançou 103,87% e passou a marca dos 100% pela primeira vez. Desde 2016, não há correção da tabela do IR.

Com o resultado do IPCA de 2019 levantado pelo IBGE, que acumulou alta de 4,31% influenciado pela aceleração dos preços em dezembro devido à alta do valor da carne, os dados da tabela foram fechados e divulgados. A defasagem levou é de 1996 até dezembro do ano passado.

Estudo mostra desigualdades
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O estudo do Sindifisco mostra que há casos de contribuintes com rendimentos tributáveis muito próximos do limite superior de uma das faixas do IR. Com o reajuste, seriam tributados à alíquota da faixa imediatamente superior. Dessa forma, ao não corrigir integralmente a tabela, o governo se apropria da diferença entre o índice de correção e o de inflação, reduzindo a renda disponível de todos os contribuintes.
"A não correção integral da tabela faz com que muitos daqueles que não ganharam mais, ou mesmo menos, paguem mais", segundo estudo que avalia o aumento da desigualdade.
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