O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que o governo vai estudar incluir na Reforma Tributária o chamado 'imposto do pecado', que taxaria produtos prejudicais à saúde, como cigarros, bebidas alcoólicas e itens com adição de açúcar, uma novidade na proposta do governo.
"Eu pedi para a equipe simular tudo. Bens que fazem mal para a saúde, como os acadêmicos chamam os tributos sobre esses produtos atraentes. Caso as pessoas queiram fumar, têm hospital lá na frente", disse o ministro, em conversa com jornalistas após seu último dia de compromissos no Fórum Econômico Mundial.
Entre os produtos com adição de açúcar que poderiam ser taxados estão refrigerantes, sorvetes e chocolates, considerados um fator para a obesidade no país.
Ainda segundo o ministro, a proposta do governo para a Reforma Tributária está próxima de chegar a uma conclusão e deve ser enviada no próximo mês. Ele acredita em um encaminhamento ao Congresso Nacional no prazo entre 20 e 30 dias. "A gente volta para o Brasil e já começa a bater o martelo", prometeu Guedes.
O ministro da Economia afirmou ter expectativa de que a reforma será aprovada ainda neste ano. "Para o Rodrigo Maia (presidente da Câmara), que tem mais um ano de mandato, é simbólico", afirmou. Guedes disse que tanto o presidente da Câmara quanto o do Senado, Davi Alcolumbre, prometeram ao governo criar uma comissão mista - com 15 deputados e 15 senadores - para acelerar a tramitação.