Bolsa encerra em alta de 0,61%, a 101.467,87 pontos
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O dólar interrompeu ontem uma sequência de 12 altas consecutivas e fechou em baixa de 0,38% no mercado à vista, cotado a R$ 4,6338. No acumulado da semana, porém, a divisa dos Estados Unidos subiu 3,5%, registrando a pior semana desde o início de novembro do ano passado, em meio a renovadas preocupações com os efeitos do coronavírus na atividade, que hoje provocou forte movimento de aversão a risco no mercado financeiro mundial e fez o dólar subir forte nos mercados emergentes.

No início da noite, o Banco Central anunciou leilão de dólar à vista para segunda-feira, de até US$ 1 bilhão, o primeiro do tipo na atual disparada da moeda norte-americana. O BC começou o dia injetando mais US$ 2 bilhões no mercado cambial ontem, o que impediu uma disparada maior da moeda, segundo operadores. Desde a volta do feriado de Carnaval, o total das intervenções do BC já somou US$ 7,5 bilhões - US$ 5 bilhões somente nesta semana.

"O BC está cumprindo sua função, mas talvez esteja sendo insuficiente pelo tamanho da incerteza no mercado", avalia Cristiane Quartaroli, economista do banco Ourinvest.

Ela observa que o câmbio no Brasil vem sendo pressionado pelo cenário externo muito adverso e os juros locais muito baixos, com tendência de cair mais.

"O juro real está praticamente zero, com chance de ficar negativo", ressalta a economista, destacando que a atratividade do mercado local para estrangeiros fica muito reduzida.

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