O carioca perdeu o orgulho de sua cidade, quer seja na esfera estadual quer seja na municipal. Deixamos de ser o centro de inteligência do país para sermos alvo de chacotas. O município está quebrado e aplicando mal e sem transparência os parcos recursos que têm. Dívidas na Saúde provocam caos no atendimento à população; além disso temos escolas públicas fechadas e em processo de deterioração, conservação da cidade deficiente, bueiros e galerias de águas pluviais entupidas, ruas esburacadas e mal iluminadas. No entanto, a prefeitura, quase que diariamente, cria “créditos suplementares” para “revitalização de obras de pavimentação e drenagem em vários espaços, urbanização de assentamentos informais, urbanização de comunidades carentes e revitalização de espaços públicos”.
Agora é a nossa hora de julgar os candidatos, analisar o passado de cada um, verificar o que apresentam como programa de governo, saber se as metas planejadas são factíveis ou só eleitoreiras, principalmente considerando a situação das finanças da Prefeitura que o vencedor do pleito vai encontrar. Não podemos cair na ilusão da oferta de grandes realizações. Não existem recursos para isso. Temos que focar em Saúde, Educação e manutenção/conservação da cidade. Não podemos ser iludidos por belos discursos, muitas vezes vazios. Temos um exemplo recente em nosso estado de que é preciso ter muito juízo para resgatar a qualidade de vida em nossa cidade ou não teremos como salvar o Rio.
*Presidente-executivo da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (Aeerj)