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Pesquisa mostra que apenas 21% dos brasileiros das classes A, B e C com acesso à internet tiveram acesso à educação financeira durante a infância, segundo pesquisa Ibope Inteligência encomendada pelo C6 Bank. O levantamento mostra que 38% dos entrevistados aprenderam noções de educação financeira na adolescência (dos 12 aos 17 anos de idade), 27% tiveram contato com o assunto na juventude (dos 12 aos 24 anos) e 14% só aprenderam finanças pessoais na fase adulta (acima dos 25 anos).

Outra conclusão da pesquisa Ibope/C6 Bank é que a classe C adquire noções básicas de educação financeira mais tardiamente, com apenas 19% dos entrevistados tendo o primeiro contato com o assunto ainda na infância. Nas classes A e B, esse percentual é de 36% e 22%, respectivamente.

A pesquisa também mostra que a atuação da família na educação financeira dos filhos é maior nas classes mais altas. Na classe A, o percentual de entrevistados que relatam ter aprendido finanças pessoais em casa, com pais e familiares, é de 57%. Na classe C, essa fatia cai para 38%.

A prática de disseminar noções de educação financeira às crianças da casa parece ter impacto na forma de abordar o assunto com outros adultos da família: 51% das pessoas na classe C conversam frequentemente sobre o nível de renda e de gastos com outros adultos da casa, versus 76% na classe A e 59% na classe B.

O levantamento também mostra que há uma mudança de comportamento nas famílias brasileiras quando o assunto é finanças pessoais. Embora a menor parte dos entrevistados tenha tido contato com noções financeiras básicas na infância, hoje a maioria dos brasileiros declara que trata do tema com as crianças da família. Quando em dificuldade financeira, por exemplo, 77% dos entrevistados que têm criança em casa dizem compartilhar a situação com os filhos, explicando por que será preciso economizar.

A pesquisa ouviu 2 mil brasileiros das classes A, B e C maiores de 16 anos, com acesso à internet. A margem de erro é de dois pontos percentuais.