Pedidos de falência cresceram em novembro - Freepik
Pedidos de falência cresceram em novembroFreepik
Por O Dia
Os condomínios no Rio de Janeiro seguem sentindo os efeitos da pandemia do coronavírus sobre a economia. Uma pesquisa da APSA aponta que a taxa de inadimplência das cotas voltou ao patamar de 14% em setembro, o mesmo de abril, quando atingiu o recorde da série histórica. Em agosto, a inadimplência tinha voltado para os índices de janeiro a março, antes do início do distanciamento social, mas retornou a crescer fortemente no mês passado. Por isso, a APSA está lançando uma oportunidade para seus mais de 3 mil condomínios sobre gestão. Em parceria com a Cielo, a cota condominial poderá ser paga pelo cartão de crédito.

E como funciona? "Para quem está com problemas no orçamento, é um alívio pois a cobrança pode ser efetuada até 40 dias depois do vencimento. Além da ajuda nas contas, ainda tem a vantagem de acumular mais pontos e milhas com as operadoras. Destaco ainda a facilidade para acessar o pagamento por cartão. Basta o condômino usar o aplicativo da APSA, onde serão informadas as condições e taxas do serviço, após a seleção da unidade e boletos a serem pagos, toda a operação será digital em um ambiente 100% seguro. Nosso foco é prover soluções inovadoras que facilitem a vida dos nossos clientes. Esta parceria é uma novidade para nossos condomínios muito alinhada ao que estamos buscando. Acreditamos que terá excelente adesão", explica Edgar Poschetzky, gerente geral de Gestão Condominial da APSA.

A falta de pagamento das cotas compromete radicalmente o funcionamento das unidades, sejam elas de moradia ou comerciais, já que é com esse dinheiro que os síndicos e gestores pagam salário dos funcionários, limpeza, segurança, água e energia; tão importantes nesse momento de retomada da circulação das pessoas, com a flexibilização das regras de distanciamento social.
Estudo
Desde o início do estudo, em 2002, a taxa de atraso de cotas condominiais nunca esteve acima de 10% como neste ano. Para esse levantamento, a APSA analisou dados de mais de 3 mil representando cerca de 20% dos administráveis da capital carioca.

"Alguns clientes, principalmente empreendimentos comerciais e shoppings, concederam descontos na taxa de condomínio durante a pandemia. A partir de agosto essas reduções foram suspensas, fazendo que a inadimplência nesses clientes tenha aumentado quando comparado aos meses anteriores. Já que, apesar da flexibilização, a economia carioca ainda sente fortemente os efeitos da pandemia, com perda de empregos e renda", esclarece Edgar Poschetzky, da APSA.

A empresa também informou que tem procurado, junto com os síndicos, auxiliar com medidas de contenção de despesas.