PIX entra em vigor para a população no dia 16 de novembro e cadastro deve ser feito no aplicativo ou site dos bancos ou outras instituições financeiras - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
PIX entra em vigor para a população no dia 16 de novembro e cadastro deve ser feito no aplicativo ou site dos bancos ou outras instituições financeirasMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Por Lucas Mathias*

Desde seu anúncio, o Pix tem dado o que falar. Tanto pelas expectativas em torno do funcionamento, quanto pelas dúvidas geradas. A nova ferramenta promete praticidade, rapidez e custo menor para quem paga e recebe. Há até a projeção de que pagamentos digitais possam, em breve, substituir o dinheiro em espécie. Mas o que pode mudar nos estabelecimentos comerciais?

A ferramenta estará disponível a todos a partir de 16 de novembro, basta se cadastrar nos aplicativos ou sites dos bancos. Ela permite fazer transferências instantâneas para qualquer banco, sem tarifas, a qualquer horário e em todos os dias da semana, incluindo feriados e fins de semana.

Com o Pix será possível pagar muito rapidamente, o que, segundo o economista Gilberto Braga, pode fazer com que o dinheiro físico fique praticamente sem uso em breve. Ele lembra do que aconteceu com as 'maquininhas' de cartão: quando surgiram, precisavam estar conectadas a um fio. Depois, com tecnologia sem fio, a mobilidade passou a ser maior, assim como o uso do cartão de crédito, pela praticidade.

"Com a facilidade desse mecanismo e a possibilidade de que seja gratuito, a tendência é de que o Pix seja cada vez mais usado. E a popularização vai fazer com que, até em situações mais corriqueiras, como comprar algo na rua, você consiga fazer com Pix", explica.

Mas como acontecerá no comércio? Para os consumidores, a ideia é que o pagamento seja simples e rápido. O BC explica que será disponibilizado QR Code - código para o qual o consumidor vai apontar a câmera do telefone e pronto: com as devidas confirmações, o pagamento será em segundos.

No caso dos comerciantes, a tendência é de avanço. De início, não será obrigatório integrar pagamento à Nota Fiscal Eletrônica. Mas haverá vantagens. Vai ser por meio da API Pix, ou seja, interface padronizada disponibilizada pelos bancos. Isso vai permitir a geração do QR Code para clientes, identificação de crédito e extração de informações para conciliação. Braga afirma que a formalização do modo de pagamento diminuirá a sonegação de impostos por comerciantes que não declaram movimento em dinheiro vivo.

Custos menores e recebimento instantâneo serão benefícios aos comerciantes. Diferentemente do que ocorre com o cartão, não haverá necessidade de esperar o próximo dia útil para receber. E por ter somente o BC como intermediário, as taxas diminuem. As vantagens podem atingir o consumidor com redução de preços no varejo.

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