Mas outra importante reflexão é saber se todos os postulantes estão verdadeiramente a par dos desafios que enfrentarão. A receita da prefeitura, como bem declara o atual prefeito, caiu muito. Considerando a situação pela qual o país passa, fruto da pandemia da covid-19, não há possibilidade de recuperação em curto prazo. Os custos diretos, da máquina pública, seguem no mesmo patamar ou até mesmo aumentando. Enquanto isto, cresce a inadimplência dos contribuintes.
No entanto, ao analisarmos a montagem do governo, verificamos que existem 18 secretarias, 13 Empresas Públicas, 3 Autarquias e 6 Fundações. São ao todo 40 estruturas complexas demandando equipes e equipamentos, entre outras regalias. Será que tudo isso é necessário? No atual governo, por exemplo, temos: Secretária de Envelhecimento Saudável, Qualidade de Vida e Eventos; Secretária da Pessoa com Deficiência e Tecnologia; Secretária de Assistência Social e Direitos Humanos e Secretária de Desenvolvimento, Emprego e Inovação.
Enquanto continuamos assistindo esse acúmulo de órgãos, funcionários e todas as consequências que advém daí, também vemos a cidade sofrendo pela destruição e ocupação desordenada contínua. Nossa infraestrutura está cada dia mais precária, todo dia vemos noticiário de ruas esburacadas, bueiros e galerias de águas pluviais entupidas, encostas demandando monitoramento e contenções, rios assoreados, viadutos e passarelas precisando urgentemente de manutenção, além de obras inconclusas como o BRT Transbrasil, entre outras.
É presidente-executivo da Associação das Empresas de Engenharia do Rio