Saque do auxílio emergencial - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Saque do auxílio emergencialMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Por O Dia
Rio - O auxílio emergencial, benefício pago pelo governo durante o período de pandemia a microempreendedores individuais (MEI), contribuintes do INSS, autônomos e trabalhadores informais com renda familiar mensal por pessoa inferior a R$ 522,50, foi utilizado pela maioria dos beneficiários para a compra de mantimentos e produtos básicos para casa (65%), no pagamento das contas do dia a dia, como água, luz e energia (52%), na compra de medicamentos (32%) e no pagamento de dívidas em atraso (28%). É o que aponta pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com a Offer Wise Soluções em Pesquisas.

A Caixa Econômica Federal retomou na última quinta-feira (12) o pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial para cerca de 3,6 milhões de beneficiários nascidos em julho, que fazem parte do ciclo 4 do calendário. Um estudo do IPEA mostra que, em setembro, cerca de 4,1 milhões de domicílios sobreviveram apenas com os rendimentos recebidos pelo auxílio emergencial, e que o benefício foi suficiente para superar em 54,5% a perda da massa salarial entre os que permaneceram ocupados no mês.

O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca a importância do auxílio emergencial para a economia do país e a sobrevivência das famílias mais impactadas pela crise da covid-19.

"O auxílio emergencial trouxe alívio a mais de 67 milhões de brasileiros que foram atendidos pelo benefício e ainda injetou na economia mais de R$ 210 bilhões", diz José César. "O valor pago pelo governo ao longo da pandemia foi responsável por retirar mais de 15 milhões de cidadãos da linha da pobreza e garantir o movimento do comércio, uma vez que a grande maioria das pessoas utilizou o auxílio para a compra de mantimentos", destaca Costa.

Energia e água: principais dívidas a serem pagas
Quando questionados sobre o destino que pretendiam dar ao benefício que seria pago entre os meses de outubro a dezembro, os entrevistados afirmaram que as prioridades continuam as mesmas: 55% vão comprar itens básicos de alimentação para casa, 47% pagar as despesas do dia-a-dia, 24% quitar dívidas atrasadas, 17% comprar remédios, 12% guardar o dinheiro, 10% antecipar o pagamento de contas e 10% realizar compras de produtos e serviços.

Considerando apenas os entrevistados que afirmaram pretender pagar dívidas atrasadas com as parcelas do benefício que serão pagas até o final do ano, 54% citaram a conta de energia elétrica, 53% a conta de água e 47% o cartão de crédito.

Reformas em casa e compra de roupas e sapatos são produtos mais procurados
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A pandemia da covid-19 alavancou e aqueceu o setor de construção civil, principalmente com pequenas reformas e melhorias do lar. A tendência se mostra também forte entre os beneficiários do Auxílio Emergencial. Entre os entrevistados que têm intenção de realizar compras de produtos e serviços, 54% pretendem utilizar o benefício para realizar reformas e consertos em casa, enquanto 47% pretendem comprar roupas e sapatos e 36% eletrodomésticos.

Para José César, o isolamento social provocado pela pandemia e a atenção com a própria moradia explicam os números. “Com a pandemia, houve uma atenção muito grande das pessoas para dentro de casa, e isso se reflete também no dia a dia dos beneficiários do auxílio emergencial”, explica.

Metodologia
Público alvo: Consumidores das 27 capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas (excluindo analfabetos) e que pretendem comprar presentes para o Natal.
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Método de coleta: pesquisa realizada via web e pós-ponderada por sexo, idade, estado, renda e escolaridade.
Tamanho amostral da pesquisa: 968 casos em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas com intenção de comprar presentes no Natal. Em seguida, continuaram a responder o questionário 606 casos, que tinham a intenção de comprar presente no Natal. Resultando, respectivamente, uma margem de erro no geral de 3,1 p.p e 4,0 p.p para um intervalo de confiança a 95%.
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Data de coleta dos dados: 14 a 20 de outubro de 2020.

Confira a pesquisa completa: https://bit.ly/38ZKQWE