IBGE: mulheres recebem 77,7% do rendimento dos homens
Enquanto o salário médio mensal dos homens era de R$ 2.555, o das mulheres era de R$ 1.985. Elas ocuparam apenas 37,4% dos cargos gerenciais em 2019
Por O Dia
Rio - Apesar de mais instruídas, as mulheres ocuparam apenas 37,4% dos cargos gerenciais e receberam 77,7% do rendimento dos homens em 2019. Enquanto o salário médio mensal dos homens era de R$ 2.555, o das mulheres era de R$ 1.985. Os dados são da pesquisa Estatísticas de gênero - indicadores sociais das mulheres no Brasil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
O estudo, que analisa as condições de vida das brasileiras, indica que a desigualdade é maior entre as pessoas nos grupos ocupacionais com maiores rendimentos. Nos grupos de diretores e gerentes e profissionais das ciências e intelectuais, as mulheres ganharam, respectivamente, 61,9% e 63,6% da remuneração dos homens.
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Nas Regiões Sudeste e Sul, elas recebiam em média, 74,0% e 72,8%, respectivamente, do rendimento dos homens. Nas Regiões Norte e Nordeste, onde os rendimentos médios foram mais baixos para homens e mulheres, as desigualdades eram menores (92,6% e 86,5%, respectivamente).
Nível superior
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Entre a população com 25 anos ou mais, 15,1% dos homens e 19,4% das mulheres tinham nível superior completo em 2019. Na população mais jovem, no recorte de 25 a 34 anos, essa diferença chega a 6,8 pontos percentuais: 25,1% das mulheres possuíam nível superior completo, contra 18,3% dos homens.
Entretanto, as mulheres representavam 46,8% dos professores de instituições de ensino superior no Brasil. Essa proporção vem crescendo, ainda que lentamente, nas últimas duas décadas. A proporção mais alta é na Bahia (51,8%) e a mais baixa, em São Paulo (43,4%).
Política
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No ano passado, as mulheres eram 14,8% dos deputados federais, a menor proporção da América do Sul e a 142ª posição de um ranking com dados para 190 países. No processo eleitoral de 2018, 32,2% das candidaturas para o cargo de deputado federal foram de mulheres. Entre as candidaturas que contaram com receita superior a R$ 1 milhão, apenas 18,0% foram femininas.
Em 2020, entre os vereadores eleitos, 16% eram mulheres. As mulheres eram apenas duas entre os 22 ministros. Na esfera estadual e distrital, 27,6% dos policiais civis e 11% dos policiais militares eram mulheres, em 2018.
Mulheres pretas e mulheres pardas encontravam-se sub-representadas entre as vereadoras eleitas. Embora representassem 9,2% e 46,2% das mulheres na população em 2019, alcançaram 5,3% e 33,8% das cadeiras obtidas pelas mulheres nas eleições do último ano.