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Servidores da Receita reagem à PEC Emergencial e entram em greve nesta terça

Medida da proposta desvincula recursos para o órgão

De acordo com a Receita Federal, foram entregues 14,7 milhões de declarações entre 1º e 22 de abrilMarcelo Camargo/Agência Brasil
Por Brasil Econômico
Publicado 09/03/2021 09:40
Servidores da Receita Federal farão uma paralisação em todo o Brasil nesta terça-feira (9) e quarta-feira (10), em protesto contra a desvinculação de recursos para o órgão. A medida foi aprovada na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial.
Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), a previsão é de grande adesão à mobilização, que deve contar até com funcionários de alto escalão. Isso deve afetar controles alfandegários em aeroportos e portos, além de atendimento ao público em momento que acontece a entrega do Imposto de Renda.
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No texto da PEC emergencial, aprovado na última semana pelo Senado, há a alteração de um artigo da Constituição. O artigo em questão permite que a Receita e administrações tributárias estaduais e municipais tenham despesas bancadas por fundos que recebem parte das multas arrecadadas por esses órgãos. Se a PEC for aprovada na Câmara dos Deputados, onde será votada nesta semana, os auditores da Receita temem aperto no orçamento.
“A aprovação no Senado Federal da PEC 186, com o jabuti que desvincula recursos para a administração tributária, foi um ato de agressão contra o Estado brasileiro e não ficará sem resposta. Em face de mais um, talvez o mais violento ataque à Receita Federal do Brasil, os auditores fiscais do país inteiro promoverão um apagão de dois dias em todos os departamentos do órgão, com direta repercussão em serviços estratégicos para a economia”, afirmou o Sindifisco, em nota.
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Segundo o sindicato, a desvinculação de recursos pode reduzir pela metade a estrutura física da Receita, gerando o fechamento de delegacias e agências, além de prejudicar fiscalizações. “A desvinculação de recursos ameaça não apenas a Receita Federal, que arrecada dois terços dos tributos do país, como também os Fiscos estaduais e municipais, na contramão do discurso de equilíbrio fiscal que supostamente se almejava com a PEC 186”, disse o presidente do Sindifisco, Kleber Cabral, ao Estadão.
De acordo com o Sindifisco, a paralisação de dois dias não será pontual, já que os protestos podem continuar "até que a Receita Federal seja respeitada e que as discussões em torno de tema tão sensível e impactante para o país não seja feita de forma subterrânea, como está acontecendo no Congresso".
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Servidores da Receita reagem à PEC Emergencial e entram em greve nesta terça

Medida da proposta desvincula recursos para o órgão

De acordo com a Receita Federal, foram entregues 14,7 milhões de declarações entre 1º e 22 de abrilMarcelo Camargo/Agência Brasil
Por Brasil Econômico
Publicado 09/03/2021 09:40
Servidores da Receita Federal farão uma paralisação em todo o Brasil nesta terça-feira (9) e quarta-feira (10), em protesto contra a desvinculação de recursos para o órgão. A medida foi aprovada na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial.
Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), a previsão é de grande adesão à mobilização, que deve contar até com funcionários de alto escalão. Isso deve afetar controles alfandegários em aeroportos e portos, além de atendimento ao público em momento que acontece a entrega do Imposto de Renda.
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No texto da PEC emergencial, aprovado na última semana pelo Senado, há a alteração de um artigo da Constituição. O artigo em questão permite que a Receita e administrações tributárias estaduais e municipais tenham despesas bancadas por fundos que recebem parte das multas arrecadadas por esses órgãos. Se a PEC for aprovada na Câmara dos Deputados, onde será votada nesta semana, os auditores da Receita temem aperto no orçamento.
“A aprovação no Senado Federal da PEC 186, com o jabuti que desvincula recursos para a administração tributária, foi um ato de agressão contra o Estado brasileiro e não ficará sem resposta. Em face de mais um, talvez o mais violento ataque à Receita Federal do Brasil, os auditores fiscais do país inteiro promoverão um apagão de dois dias em todos os departamentos do órgão, com direta repercussão em serviços estratégicos para a economia”, afirmou o Sindifisco, em nota.
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Segundo o sindicato, a desvinculação de recursos pode reduzir pela metade a estrutura física da Receita, gerando o fechamento de delegacias e agências, além de prejudicar fiscalizações. “A desvinculação de recursos ameaça não apenas a Receita Federal, que arrecada dois terços dos tributos do país, como também os Fiscos estaduais e municipais, na contramão do discurso de equilíbrio fiscal que supostamente se almejava com a PEC 186”, disse o presidente do Sindifisco, Kleber Cabral, ao Estadão.
De acordo com o Sindifisco, a paralisação de dois dias não será pontual, já que os protestos podem continuar "até que a Receita Federal seja respeitada e que as discussões em torno de tema tão sensível e impactante para o país não seja feita de forma subterrânea, como está acontecendo no Congresso".
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