Rodoviários da Região Metropolitana mantêm paralisação
Categoria reivindica inclusão no grupo prioritário para vacinação contra a covid-19
Rio - Os rodoviários de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá, na Região Metropolitana do Rio, anunciaram que vão manter a paralisação dos ônibus no dia 26 de abril. A categoria reivindica a inclusão na lista de prioridade para a vacinação contra a covid-19. Nesta quinta-feira (22), a prefeitura do Rio incluiu os rodoviários da cidade no grupo prioritário.
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), até o último fim de semana, 50 rodoviários morreram vítimas da doença na área de atuação do Sintronac. Segundo o pesquisador Yuri Oliveira de Lima, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os rodoviários formam a segunda categoria com maior probabilidade de contágio, perdendo apenas para os profissionais do setor de Saúde.
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“Sem dúvidas, a saúde é a área mais afetada, pois esses profissionais estão na linha de frente no cuidado com os doentes. Porém, o setor de transporte é a segunda categoria com maior risco. Falamos de 60% a 65% de probabilidade de contágio quando é abordado o setor administrativo das empresas e de 71% para motoristas e cobradores”, afirma o pesquisador, que é membro do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da UFRJ.
“São Paulo e Rio de Janeiro já incluíram os rodoviários no grupo prioritário. Como as cidades da Região Metropolitana, importante pólo de desenvolvimento do estado, ainda não seguiram esse caminho? O impacto no quadro geral de vacinação não será grande”, questiona o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.
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Um levantamento do Sintronac junto às empresas de ônibus dos cinco municípios aponta que a vacinação dos rodoviários não impactaria no quadro geral de imunização da população pelo pequeno número de doses necessárias para atender à categoria, de acordo com o universo populacional de cada cidade.
O estudo mostra que em Niterói seriam necessárias 3.443 doses para os rodoviários de 12 empresas; em São Gonçalo, 7.147 profissionais em 14 viações; em Maricá, 1.226 em uma companhia; em Itaboraí, 263, também em uma empresa; e, em Tanguá, sete vacinas para os rodoviários de uma viação.
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Ainda de acordo com o Sindicato, apenas Niterói tem dialogado com a categoria. Nesta quinta, o coordenador de Trabalho e Renda da prefeitura, Brizola Neto, se reuniu com Rubens Oliveira e com o diretor do Fórum Intersindical do Leste Fluminense, José Juvino Filho, na sede do sindicato, no Centro da cidade.
Brizola Neto recebeu a solicitação para que os rodoviários sejam considerados grupo prioritário para vacinação na cidade e uma carta, que reivindica a inclusão de uma representação sindical no Gabinete de Crise.
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“São os trabalhadores que estão na ponta da pandemia, tanto por sua exposição ao contágio, quanto por sua necessidade de atendimento na rede pública de Saúde. Portanto, ninguém melhor do que sua representação sindical para apoiar a municipalidade no planejamento de políticas para o enfrentamento deste mal, que já ceifou milhares de vidas e sobrecarregou o sistema público em toda sua amplitude”, disse José Juvino.
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