O governo anunciou mais três meses do benefício na última semanaDivulgação

A cada nova rodada de pagamentos do auxílio emergencial, o governo federal realiza um novo pente-fino. Neste ano, o Ministério da Cidadania informou que já foram mais de 2 milhões de pessoas que perderam o benefício. Apenas em junho foram mais de 1,1 milhão de pessoas com benefício cortado.
Até o momento, 39,3 milhões de famílias foram contempladas pelo programa em 2021. A pasta informou ainda que abrirá processo de contestação e de novos cadastros.
Publicidade
Quando o governo lançou novamente o programa neste ano, foi projetado um valor de R$ 11 bilhões por mês e o atendimento de 45,6 milhões de pessoas. Com os cortes, o governo reduziu os gastos com o programa de R$ 8,9 bilhões, em abril, para R$ 8,85 bilhões, em maio, e terminou em R$ 8,5 bilhões em junho. 
O Ministério da Cidadania informou que tem adotado as medidas necessárias para alcançar as famílias em situação de maior vulnerabilidade, assegurando uma renda mínima para essa parcela da população, com responsabilidade fiscal.
Publicidade
A pasta afirmou que ainda trabalha no processamento de cadastros a partir das informações mais recentes disponíveis nas bases de dados governamentais.
Em junho foram bloqueados ou cancelados 1.157.856 benefícios, sendo 660.744 bloqueios em decorrência de indicativos de indícios de irregularidades apontados pela Controladoria-Geral da União (CGU) e 497.092 cancelamentos em função da revisão mensal, realizada pela Cidadania e pela Dataprev para certificar que os cidadãos permanecem atendendo aos critérios de elegibilidade ao benefício, conforme determina a legislação que disciplina o pagamento do auxílio.
Publicidade
Nesse processamento são checados indicativos de óbito, prisão em regime fechado, vínculo de trabalho e recebimento de outros benefícios. Cabe lembrar que os beneficiários que têm o auxílio emergencial suspenso, em função de revisões mensais ou outros motivos, podem contestar a decisão. 

Na última segunda-feira, 5, o governo anunciou mais três meses de pagamento do benefício. Neste mês, o governo federal anunciou um aporte de R$ 20,2 bilhões para o pagamento de mais três parcelas, totalizando um orçamento de R$ 64,2 bilhões.