Rio - Com previsões conservadoras, a população brasileira foca no longo prazo para a recuperação econômica do país no pós-pandemia. É o que aponta a pesquisa Global Views On Local Economic Recovery From Covid-19, realizada pela Ipsos para o Fórum Econômico Mundial com entrevistados de 29 nações, incluindo o Brasil.
Por aqui, 76% dos entrevistados acreditam que levará ao menos dois anos para um total reestabelecimento da economia, sendo que 37% apostam no período entre dois e três anos e 39% são ainda mais cautelosos, apostando em mais de três anos. Um percentual significativamente menor, de 20%, acha que vaui demorar cerca de um ano e 3% opinam que a economia brasileira já se recuperou.

Na média global, considerando os 29 países, 7% acreditam que suas nações já se recuperaram economicamente, 19% acham que levará cerca de um ano, 35% apostam no período de dois a três anos e 39% dizem que demorará, pelos menos, três anos para que a economia se reestabeleça.

Os grandes heróis da retomada econômica

O levantamento também trouxe luz à questão de quem seriam os responsáveis pela recuperação econômica dos países. No Brasil, 29% confiam que o governo será o grande responsável por essa recuperação, 19% jogam a responsabilidade para si como consumidores, 18% apostam nas grandes empresas, 9% confiam que serão os pequenos negócios e 8% acreditam nas organizações não-governamentais.

Os países que mais depositam confiança no governo como principal ator da recuperação econômica pós-Covid-19 são: Rússia (75%), Hungria (74%) e Coreia do Sul (67%); Colômbia, com 14%, é quem hoje menos confia no governo para esta tarefa.

Para os brasileiros, existem alguns sinais que representariam a recuperação econômica da nação. Os mais citados pelos entrevistados foram: a abertura de novos negócios (76%), ver pessoas conhecidas arrumando empregos (75%) e, empatados em terceiro lugar, mais turistas e menos pessoas vivendo em situação de rua (68%).

A pesquisa on-line foi realizada com 21.503 pessoas de 29 países – sendo mil brasileiros –, com idades entre 18 e 74 anos. Os dados foram colhidos entre 25 de junho e 09 de julho de 2021 e a margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.