Avenida Paulista, prédio da FIESPDivulgação
Fiesp diz que estenderá prazo para adesão a manifesto pelo entendimento entre Poderes
Segundo Federão das Indústrias de São Paulo, o adiamento atende ao interesse de dezenas de entidades que manifestaram apoio à causa
São Paulo - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) informou nesta segunda-feira, 30, que prorrogou o prazo para que entidades possam subscrever o manifesto "Em favor do entendimento e da harmonia entre os Três Poderes da República". Segundo a Fiesp, o adiamento atende ao interesse de dezenas de entidades que manifestaram apoio à causa.
"Em 24 horas, recebemos mais de 200 adesões, das mais representativas entidades brasileiras. Dezenas de outras entidades também manifestaram interesse em participar. Em função desse cenário, informamos que estendemos o prazo para novas adesões, que poderão ser feitas ao longo da semana", comunicou a Fiesp em nota.
O adiamento coincide com a atuação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para atenuar o dano que um documento cobrando parcimônia dos chefes de Poderes, em especial do presidente Jair Bolsonaro, poderia ter neste momento, véspera das manifestações favoráveis ao governo previstas para o próximo dia 7 de setembro.
Neste fim de semana, antes do anúncio de adiamento do documento, Lira conversou por telefone com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Desde a divulgação das intenções da Fiesp, Skaf, que até então era considerado um aliado, passou a ser visto com desconfiança por pessoas do entorno do presidente.
Segundo o deputado federal Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PSL-SP), parlamentar da tropa de choque de Bolsonaro, não dá para saber se Skaf é aliado do presidente. "Eu considero ele alguém que quer fazer política", disse ao Estadão/Broadcast. O deputado ainda completou que a Fiesp hoje "não tem credibilidade".
O manifesto, que foi encampado na Fiesp, teve origem na Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e tem por objetivo demonstrar o incômodo de setores produtivo e financeiro com a crise institucional fomentada por Bolsonaro.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.