Na prática, estima-se que mais 1,7 milhão de brasileiros estavam desempregados este anoDivulgação/Sérgio Lima

A taxa de desemprego no Brasil recuou 0,6 ponto percentual e se estabilizou na marca de 14,1%, no trimestre de abril a junho, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira, 31. O número de desocupados também se manteve estável, em comparação ao trimestre anterior (14,8 milhões de pessoas), mas apresenta um crescimento de 12,9% se comparado ao mesmo período de 2020. Na prática, estima-se que mais 1,7 milhão de brasileiros estavam desempregados este ano.
A população ocupada, por sua vez, somou 87,8 milhões de pessoas, o que contabiliza um crescimento de 2,5% em comparação ao trimestre anterior, o que significa mais 2,5 milhões de pessoas brasileiros empregados no período. Em relação a um ano antes, mais 4,4 milhões de pessoas conseguiram se realocar no mercado de trabalho.
O destaque do levantamento, porém, é o número de trabalhadores por conta própria, que bateu o recorde da série histórica, e atingiu a marca de 24,8 milhões, com um crescimento de 4,2% frente ao período anterior. Na prática, mais um milhão de pessoas estão atuando por conta própria, em relação ao último trimestre, e mais 3,2 milhões pessoas estão nessas condições, em comparação ao ano passado.
O número de desalentados, ou seja, pessoas que desistiram de procurar trabalho por não acreditarem ou estarem impossibilitados de buscar uma recolocação, também apresentou uma melhora e caiu cerca de 6,5% em relação ao trimestre de janeiro a março deste ano. Isso significa que 388 mil pessoas retomaram as esperanças de buscar uma vaga.
Trabalho formal e informal
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 30,2 milhões de pessoas e cresceu 2,1%, se comparado ao trimestre anterior e manteve estabilidade frente ao mesmo período no ano de 2020.

Outras 10 milhões de pessoas estavam atuando no setor privado, mas sem carteira assinada, o que representou um crescimento de 3,4%, em relação ao trimestre anterior, e uma alta de 16%e, relação ao mesmo trimestre de 2020. Na prática, mais 1,4 milhão de brasileiros começaram a trabalhar nessa modalidade no ano.
A taxa de informalidade foi de 40,6% da população ocupada, ou 35,6 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido 39,6% e, no mesmo trimestre de 2020, 36,9%.
População subocupada
O número de brasileiros subocupados, que trabalham menos de 40h e estavam disponíveis para atuar por mais horas, também apresentou o maior indicativo da série histórica (7,5 milhões de pessoas). Em relação ao trimestre anterior, mais 511 mil trabalhadores subutilizados foram contabilizados, enquanto em relação ao ano passado, mais 1,9 milhão de pessoas se encaixaram na categoria.
A população fora da força de trabalho (74,9 milhões de pessoas) caiu 2,1%, o que representa menos 1,6 milhão de pessoas ante o trimestre anterior e menos 2,9 milhões de pessoas na comparação anual.