O subíndice de preços dos Cereais registrou alta de 3,4% em relação ao mês anterior e 31,1% comparado a agosto de 2020Tânia Rêgo/Agência Brasil
Na sondagem mensal da FAO, o subíndice de preços das Carnes apresentou média de 112,5 pontos em agosto, o que indica leve alta em relação ao mês anterior e também 20,3 pontos (22%) acima de seu valor no mês correspondente do ano passado. Conforme a FAO, no mês de agosto, as cotações internacionais das carnes ovina e bovina subiram, refletindo a demanda em alta, principalmente da China, e a restrição da oferta de animais para abate na Oceania.
Os preços da carne de frango também aumentaram, segundo a FAO. "Refletindo a forte demanda e a limitação de produção em alguns dos principais países exportadores por causa dos altos custos de insumos e escassez de mão de obra", explicou a FAO. Em contraste, os preços da carne suína caíram em virtude da diminuição contínua nas compras da China e da fraca demanda interna na UE em meio a um leve aumento na oferta de suínos para abate.
O subíndice de preços de Laticínios, por sua vez, registrou média de 116 pontos em agosto, ligeiramente abaixo de julho, mas 13,9 pontos (13,6%) acima do mesmo mês do ano passado Em agosto, as cotações internacionais de leite em pó caíram, refletindo demanda mais fraca da importação global por suprimentos spot combinada com o aumento sazonal das disponibilidades de exportação na Oceania na nova temporada de produção. "Em contraste, as cotações do queijo subiram, sustentadas pelo aumento da demanda interna e pela redução da oferta na Europa, compensado por uma ligeira queda nos preços na Oceania em virtude do aumento da produção. Os preços da manteiga também aumentaram, diante da alta demanda de importação do Leste Asiático", informou a organização.
A FAO calculou, ainda, que o subíndice de preços do Açúcar ficou, em média, em 120,1 pontos em agosto, alta de 10,5 pontos (9,6%) ante julho, alcançando o nível mais alto desde fevereiro de 2017 e marcando o quinto aumento mensal consecutivo. "A alta se dá, principalmente, por preocupações com os danos causados pelas geadas às safras do Brasil - o maior exportador mundial de açúcar, adicionando ao impacto negativo das condições de tempo prolongado de seca no País. Os ganhos foram limitados por uma queda nos preços do petróleo e uma desvalorização do real brasileiro em relação ao dólar norte-americano", ressaltou a FAO. Segundo a entidade, entretanto, as boas perspectivas de produção na Índia e na UE também contribuíram para limitar as pressões altistas sobre os preços internacionais do açúcar.
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