Ministro da Economia, Paulo GuedesPablo Valadares/Câmara dos Deputados
O ministro da Economia disse também que a recuperação da economia doméstica já está em andamento e agora é preciso assegurar a continuidade dos investimentos. "Brasil já está com crescimento contratado, precisamos de persistência desse capital instalado", comentou.
Ele voltou a dizer que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu menos do que outras grandes economias e ressaltou que há mais de R$ 540 bilhões já contratados em investimentos. Citou avanços feitos durante o governo de Jair Bolsonaro, como a aprovação da reforma da Previdência, da independência do Banco Central, da lei de falências, da estatais, do marco do gás, da cessão onerosa, além de venda de aeroportos e concessões rodovias, entre outros.
Guedes salientou que há 30 anos, há revezamento do poder no país e que a atual administração está trabalhando para a transformação do Estado. Ele disse que, apesar da iniciativa em tentar manter o equilíbrio fiscal, o Brasil "sempre se perdeu" no meio desse caminho e citou que o país no passado recente parou de crescer. "Teve estagnação crônica", pontuou.
Ao enfatizar que é preciso fazer planejamento, o ministro disse que nem tudo e soluciona com a criação de uma pasta voltada apenas para esse fim. "Foi com a formação desse ministério que o Brasil perdeu o rumo", afirmou. "Planejamento não significa que vai ter mais recursos", continuou.
Conversa entre Poderes
O ministro da Economia disse que os poderes brasileiros "precisam conversar", independentemente de afinidades."Nossos supremos poderes precisam conversar. Principalmente quando a decisão de um afeta o outro", afirmou, se referindo às decisões judiciais que determinam o pagamento de valores pelo Executivo. "Executivo está tentando fazer seu trabalho com respeito e União".
No evento do Movimento Pessoas à Frente, Guedes defendeu ainda um aumento "moderado" no Bolsa Família. "Ímpetos eleitorais aconteceram no passado e acabou em impeachment, não queremos que isso se repita", completou.
Carta de Bolsonaro
O ministro da Economia voltou a apostar as fichas na carta divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro em que recuou de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Presidente mostrou em sua carta à nação que podemos ter arroubos, mas todos temos que jogar dentro das linhas", afirmou no evento que também contou com o presidente do STF, Luiz Fux, como participante.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) também faria parte do debate, mas alegou um compromisso e falou antes da entrada de Fux e Guedes. Em sua fala, Guedes disse ainda que o governo pode fazer "mais e melhor" com menos recursos.
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