Edifício-Sede do Banco Central em BrasíliaMarcello Casal Jr/Agência Brasil
O Comitê considera que, no atual estágio do ciclo de elevação de juros, esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante e, simultaneamente, permitir que o Comitê obtenha mais informações sobre o estado da economia e o grau de persistência dos choques. Neste momento, o cenário básico e o balanço de riscos do Copom indicam ser apropriado que o ciclo de aperto monetário avance no território contracionista.
Foi a quinta elevação consecutiva. Na ocasião, o BC também indicou a intenção de novo aumento da Selic no encontro de outubro. Para o cálculo das projeções, o BC utilizou taxa de câmbio partindo de R$ 5,25, que é a média da taxa de câmbio observada nos cinco dias úteis encerrados no dia 10 de setembro.
Em setembro do ano passado, durante a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o BC havia anunciado que pretendia dar preferência ao câmbio PPC em suas projeções, e não mais ao câmbio fixo ou baseado no Focus.
Na ata da reunião anterior, de 3 e 4 de agosto, as projeções de inflação no cenário básico (juros Focus e câmbio PPC) eram de 6,5% para 2021, 3,5% para 2022 e 3,2% para 2023.
O Copom voltou a enfatizar hoje, por meio da ata de seu último encontro, que a inflação ao consumidor segue elevada. "Persistem as pressões sobre componentes voláteis como alimentos, combustíveis e, especialmente, energia elétrica, que refletem fatores como câmbio, preços de commodities e condições climáticas desfavoráveis", alertou o Copom.
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